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Equador tem greve geral no sétimo dia de protestos contra governo

Segundo o governo, 676 pessoas foram presas em todo o país desde o início dos protestos; lideranças indígenas denunciam violência policial e repressão

Internacional|Fábio Fleury, do R7

Manifestantes tomaram conta do centro de Quito nesta quarta
Manifestantes tomaram conta do centro de Quito nesta quarta

Milhares de trabalhadores entraram em greve geral e marcharam em direção ao centro histórico de Quito, capital do Equador, na manhã desta quarta-feira (9). A Polícia Nacional, que cercava a região, chegou a jogar bombas de gás lacrimogênio contra os manifestantes.

O episódio deu início ao sétimo dia de protestos em todo o país contra um pacote de medidas anunciado na semana passada pelo presidente Lenín Moreno. O principal foco da revolta popular é contra a revogação de um subsídio no preço dos combustíveis que causou aumentos de mais de 100% nos valores.

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Segundo um balanço do governo, até a noite de terça-feira (8), 676 pessoas tinham sido presas em todo o país. Dessas, 142 foram indiciadas pelo Ministério Público equatoriano, por acusações de saques, destruição de patrimônio público, incêndios e agressões, entre outros.


Repressão contra indígenas

Entre os detidos está um grupo de 83 membros de movimentos indígenas que estão comandando boa parte das manifestações contra o governo. Segundo esses movimentos, essas pessoas foram detidas de forma irregular, quando a polícia atacou um protesto na tarde de terça.


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Durante a noite, policiais invadiram um parque na região norte de Quito, onde os membros dos movimentos indígenas, muitos deles mulheres e crianças, estavam acampados desde segunda. Segundo o jornal El Comércio, eles foram dispersados com bombas de gás. Policiais a cavalo também agiram no local.

Por tudo disso, os indígenas tiveram uma reunião nesta quarta com representantes da ONU para "denunciar excessos na repressão por parte das polícias e das forças armadas", segundo o presidente da Confederação das Nações Indígenas do Ecuador (Conaie), Jaime Vargas.


Em entrevista, ele afirmou que não fará qualquer tipo de acordo com o governo que não inclua a volta do subsídio dos combustíveis.

Veja fotos dos protestos no Equador

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