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Erdogan avisa que 30 mil refugiados podem tentar chegar à Europa

O porta-voz do governo grego anunciou que 'mais de 4 mil entradas ilegais no país' foram impedidas nas últimas horas deste sábado (29)

Internacional|Da EFE

O presidente da Turquia disse que o país abriu as fronteiras com a Europa
O presidente da Turquia disse que o país abriu as fronteiras com a Europa

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, disse neste sábado (29) que o país abriu as fronteiras com a Europa para permitir a passagem de refugiados e que cerca de 25 mil a 30 mil migrantes podem tentar chegar à Grécia hoje.

Leia mais: Grécia reforça controle da fronteira com Turquia para barrar refugiados

"O que dissemos há meses? Que se isto continuasse, seríamos forçados a abrir as nossas portas. Mas eles não acreditaram em nós. Então, o que fizemos ontem? Abrimos as fronteiras. Nesta manhã, há cerca de 18 mil que estão atravessando, forçando a fronteira, mas hoje esse número pode chegar a 25 mil ou 30 mil", disse Erdogan em discurso em Istambul, transmitido ao vivo pela "NTV".

Embora existam milhares de refugiados e migrantes no lado turco da fronteira grega, não há evidências de que desde ontem (28) tenha atravessado para a Grécia um número significativamente maior de pessoas do que o habitual nos últimos meses.


O porta-voz do governo grego, Stelios Petsas, anunciou neste sábado que "mais de 4.000 entradas ilegais no país" foram impedidas nas últimas horas após milhares de pessoas terem chegado à fronteira em solo turco. Segundo fontes oficiais, 7.000 pessoas já esperavam ao meio-dia de sábado, na esperança de cruzar para a Europa.

Petsas acrescentou que 66 pessoas foram presas por entrarem ilegalmente na Grécia a partir da cidade turca de Edirne, e que "o que for necessário" será feito para proteger as fronteiras gregas e europeias.


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Neste momento, o número de chegadas à Grécia continua relativamente baixo. Além das 66 pessoas na fronteira terrestre, 180 chegaram às ilhas do Mar Egeu nas últimas 24 horas, confirmou à Agência Efe a guarda costeira grega, o que não é particularmente notável em comparação com os últimos meses.

"Estamos fortalecendo nossas forças por terra e mar e mais forças policiais estão sendo mobilizadas para Evros. Além disso, 52 navios da Marinha estão atualmente operando nas ilhas", acrescentou o porta-voz.


Mudança na política migratória

Erdogan relacionou a mudança na política migratória ao apoio em armamento e material. Segundo ele, muitos países deram apoio às milícias curdas na Síria ou ao próprio regime de Damasco, mas sem apoiar a Turquia, que acolhe cerca de 3,5 milhões de refugiados sírios.

"De agora em diante, não vamos mais fechar a fronteira. Isto vai continuar a acontecer. Porque a Europa tem de cumprir a sua palavra. Não estamos em condições de cuidar e alimentar tantos refugiados. Se são sinceros, devem participar disso. Se não, deixaremos as fronteiras abertas", disse o presidente turco à União Europeia (UE).

Erdogan também afirmou que o exército turco bombardeou um depósito de armas químicas no noroeste da Síria nesta manhã, em meio à crescente tensão entre Ancara e Damasco na província de Idlib.

"Destruímos um depósito de armas químicas. Vamos mostrar ainda mais determinação nos próximos dias. Nunca quisemos chegar a este ponto, mas fomos forçados a fazê-lo", argumentou.

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