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Escassez na Venezuela leva saqueadores a roubar de frangos a roupas íntimas

Muitas pessoas se levantam no meio da noite e passam horas em longas filas nos mercados

Internacional|

Multidões invadiram lojas e brigaram por produtos
Multidões invadiram lojas e brigaram por produtos Multidões invadiram lojas e brigaram por produtos

Multidões da Venezuela roubaram frangos, trigo e até roupa íntima nesta semana, quando os saques aumentaram no país-membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), atingido por uma crise que tem provocado a escassez de muitos produtos básicos.

Agora muitas pessoas se levantam no meio da noite e passam horas em longas filas diante dos supermercados. Mas, como mais e mais delas saem de mãos vazias e os preços do mercado negro vêm subindo, os saques estão aumentando na Venezuela, que já é um dos países mais violentos do mundo.

Não existem dados oficiais, mas o grupo de direitos humanos Observatório Venezuelano de Conflitos Sociais relatou 107 episódios de saques ou tentativa de saques no primeiro trimestre deste ano.

Vídeos de multidões invadindo lojas, cercando caminhões ou brigando por produtos circulam nas redes sociais com frequência, embora muitas vezes seja difícil confirmar sua autenticidade.

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Em um dos incidentes mais recentes, várias centenas de pessoas pilharam um caminhão que levava rolos de papel toalha, sal e xampu depois que o veículo bateu e parte de sua carga transbordou no volátil Estado de Táchira na quinta-feira, de acordo com uma autoridade local e testemunhas.

Quinze pessoas ficaram feridas, incluindo seis seguranças que tentaram conter a multidão, disse o agente de proteção civil local Luis Castrillón.

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"Houve um tumulto enorme... dispararam tiros para o ar e eles usaram gás lacrimogêneo", contou Manuel Cardenas, de 40 anos.

Tais cenas agravam um panorama cada vez mais sombrio para a nação exportadora de petróleo, onde a inflação é a mais alta do mundo, a economia vem encolhendo desde o início de 2014 e falta eletricidade e água frequentemente.

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O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, atribui a crise à queda no preço global do petróleo, a uma seca que afetou a geração de energia na maior hidrelétrica do país e a uma "guerra econômica" de empresários e políticos de direita.

Mas a oposição diz que ele e seu antecessor, Hugo Chávez, são culpados por políticas econômicas desastrosas, e recolheram assinaturas para convocar um referendo revogatório de Maduro, de 53 anos, e levar à marcação de uma nova eleição.

Nicolás Maduro autoriza referendo sobre sua destituição se assinaturas da oposição forem validadas

Maduro prometeu mão de ferro contra a violência e alertou que seus inimigos estão tramando um "golpe" semelhante ao processo de impeachment em andamento contra a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, que levou a seu afastamento do cargo nesta semana.

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