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Estados Unidos derrubam suposto balão chinês acusado de espionagem

Dispositivo sobrevoou o estado de Montana, que abriga instalações de mísseis nucleares; Antony Blinken adiou visita a Pequim

Internacional|

Suposto balão espião chinês cai em direção ao oceano depois de ser abatido
Suposto balão espião chinês cai em direção ao oceano depois de ser abatido Suposto balão espião chinês cai em direção ao oceano depois de ser abatido

Um avião de combate americano derrubou neste sábado (4), na costa da Carolina do Sul, umbalão chinês que sobrevoava há dias os Estados Unidos, informou o Pentágono, que classificou o incidente como uma "violação inaceitável" da soberania americana.

“A ação deliberada e legal de hoje mostra que o presidente Biden e sua equipe de segurança nacional sempre colocarão a segurança do povo americano em primeiro lugar e responderão de forma eficaz à violação inaceitável da nossa soberania por parte da República Popular da China", declarou o secretário de Defesa americano, Lloyd Austin. O balão "era usado pela China em uma tentativa de vigiar sítios estratégicos" dos Estados Unidos, afirmou.

Em Maryland, o presidente Joe Biden parabenizou os pilotos do F-22 por terem derrubado o balão no espaço aéreo americano, acima de águas territoriais dos Estados Unidos.

A operação aconteceu depois que três aeroportos do sudeste americano foram temporariamente fechados em meio ao que a Administração Federal de Aviação (FAA) chamou de "esforço de segurança nacional". O tráfego aéreo foi retomado após a queda do balão, informou a FAA.

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Em imagens exibidas por canais de TV americanos, o balão parecia cair verticalmente após um impacto. Quando foi derrubado, estava a 18 km de altitude, a 11 km da costa, segundo funcionários do Pentágono.

Biden informou que havia ordenado na última quarta-feira aos militares que derrubassem o balão "o quanto antes": "Eles decidiram que o melhor momento para fazê-lo seria quando o balão estivesse sobre a água".

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Procedência chinesa

Inicialmente, o governo chinês pediu que não houvesse exageros sobre o assunto, mas acabou reconhecendo que efetivamente se tratava de um aparato procedente da China.

"Trata-se de uma aeronave civil utilizada para fins científicos, principalmente meteorológicos", declarou um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês em comunicado.

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Por causa do vento, o balão "desviou sua trajetória", disse, e acrescentou que o seu país "lamenta" que o mesmo tivesse ingressado no espaço aéreo dos Estados Unidos por "uma força maior".

Em nota divulgada neste sábado, o Ministério das Relações Exteriores afirmou que "alguns políticos e meios de comunicação nos Estados Unidos" usaram "o incidente como pretexto para atacar e difamar a China".

"A China (...) nunca violou o território e o espaço aéreo de nenhuma nação soberana", acrescentou.

O principal funcionário do Partido Comunista da China para a diplomacia destacou que o seu país age de forma "responsável" e "sempre respeitou rigorosamente as leis internacionais", segundo a agência noticiosa oficial China News.

Reações

Esta não foi a primeira vez que o Exército americano registrou uma intrusão desse tipo, mas, nesta ocasião, o objeto permaneceu mais tempo no espaço aéreo dos Estados Unidos. O incidente desencadeou fortes reações entre os políticos americanos.

"Esta violação da soberania americana, poucos dias antes da visita do secretário de Estado Blinken à China, mostra que os sinais recentes de abertura" por parte das autoridades chinesas "não refletem uma mudança real de política", comentaram os líderes republicano e democrata de um comitê parlamentar sobre a China, Mike Gallagher e Raja Krishnamoorthi.

"Derrubem esse balão!", pediu o ex-presidente republicano Donald Trump em sua rede social, Truth Social.

A visita de Blinken à China seria a primeira de um secretário de Estado americano desde outubro de 2018, no momento em que os dois países tentam evitar que as tensões entre ambos levem a um conflito aberto.

Entre os muitos temas polêmicos, destaca-se Taiwan, que a China considera parte de seu território, e as atividades de Pequim no Mar do Sul da China

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