‘Estarei sempre ao lado da Rússia’, diz Kim Jong-un após encontro com Vladimir Putin

Líder da Coreia do Norte diz que fará dos laços com a Rússia a sua ‘prioridade máxima’

13/09/2023 - 05h25 (Atualizado em 29/03/2024 - 09h05)

O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, afirmou quarta-feira que o seu país “estará sempre com a Rússia” e que fará destes laços bilaterais a sua “prioridade máxima”, durante o encontro com o Presidente Vladimir Putin, no Cosmódromo de Vostochny, no leste russo.

“Vamos dar prioridade à relação entre a Coreia do Norte e a Rússia e torná-la a principal prioridade da nossa política externa”, declarou Kim, cujas declarações foram divulgadas na televisão russa.

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O líder norte-coreano afirmou que o seu encontro com o presidente Putin seria “um trampolim para fortalecer as relações bilaterais”.

Kim assegurou que “a Rússia enfrenta atualmente (...) forças hegemónicas para proteger (os seus) interesses de segurança”.

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“Sempre expressámos o nosso apoio total e incondicional a todas as medidas tomadas pelo governo russo e aproveito esta oportunidade para afirmar que estaremos sempre ao lado da Rússia”, acrescentou.

Por sua vez, Putin disse estar “muito feliz” com o seu encontro com Kim Jong Un, pouco antes das conversações bilaterais no cosmódromo de Vostotchni.

Segundo Washington, a cimeira excepcional entre os dois líderes poderá levar a um acordo de venda de armas para apoiar a ofensiva russa na Ucrânia.

Autoritarismo — Putin é criticado por práticas autoritárias como a manipulação de eleições e a supressão de opositores, mas o país ainda mantém algumas instituições democráticas como um parlamento e eleições. Por outro lado, Kim Jong-un governa a Coreia do Norte como uma ditadura: não há eleições e violações dos direitos humanos e falta de liberdades civis são a regra entre a população

Tensões com o Ocidente — Kim Jong-un e Vladimir Putin da Rússia têm
relações frequentemente tensas com os países do Ocidente. Kim Jong-un é
criticado por seu programa nuclear e violações dos direitos humanos, enquanto
Putin enfrenta críticas pela guerra na Ucrânia e por apoiar regimes
autoritários. Ambos os países têm sido alvo de sanções ocidentais e enfrentam
acusações como interferência eleitoral no caso da Rússia

Montagem de fotos de Kim Jong-un e Vladimir Putin andando de cavalo

Armas nucleares — Os dois países possuem armas nucleares, mas
com diferenças significativas em seus arsenais e capacidades. A Rússia,
herdeira do arsenal nuclear da União Soviética, é uma das cinco potências
nucleares mundiais, enquanto o a Coreia do Norte tem um arsenal bem menor e
menos sofisticado. Ambos os países veem suas armas nucleares como instrumentos
de dissuasão estratégica, mas a existência desses arsenais é fonte de tensão e
preocupação internacional

Influência comunista — Embora o comunismo
tenha sido a força motriz na formação dos sistemas políticos tanto da Rússia
quanto da Coreia do Norte, suas manifestações contemporâneas são
significativamente diferentes: enquanto na Rússia o comunismo se tornou uma
entre várias forças políticas em um sistema mais pluralista, na Coreia do Norte
ele continua a ser a ideologia dominante e onipresente que molda quase todos os
aspectos da vida

O ditador norte-coreano, Kim Jong Un, disse que sua visita à Rússia é uma demonstração clara da "importância estratégica" das relações entre os dois países, que vem desde os tempos da União Soviética. Os dois líderes tem outros pontos em comum: são considerados autoritários, têm problemas com o Ocidente e têm arsenais nuclerares. Veja nas próximas fotos outras semelhanças entre Kim e Putin