EUA afirmam que acordo ruim com Coreia do Norte não é opção

Secretário de Estado Mike Pompeo expressou esperança de que a cúpula com a Coreia do Norte irá acontecer mesmo em 12 de junho em Cingapura

23/05/2018 - 21h01 (Atualizado em 20/04/2024 - 14h19)

O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, disse nesta quarta-feira que Washington está preparado para abandonar conversas nucleares com a Coreia do Norte se o encontro planejado entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, seguir na direção errada.

Kim Jong-un teria medo de golpe militar durante reunião com EUA

“Um acordo ruim não é uma opção”, disse Pompeo em seu comunicado por escrito de abertura para uma audiência do Comitê de Assuntos Internacionais da Câmara dos Deputados. “O povo americano está contando conosco para fazermos isto da maneira certa. Se o acordo correto não estiver na mesa, nós iremos respeitosamente sair”.

Em seu primeiro testemunho público no Congresso desde que se tornou secretário de Estado, no mês passado, o ex-membro republicano da Câmara foi questionado por mais de três horas sobre uma variedade de tópicos mundiais, focando amplamente na Coreia do Norte e no Irã, mas com conversas duras também sobre a Turquia, aliada na Otan.

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Pompeo expressou esperança de que a cúpula com a Coreia do Norte irá acontecer em 12 de junho em Cingapura como planejado, após Trump dizer que há uma “chance substancial” de que será cancelada em meio a preocupações de que Pyongyang não irá abandonar seu arsenal nuclear.

Ele disse que Trump irá liderar as conversas, mas se negou a discutir quantas pessoas, ou quais, irão integrar a equipe para a cúpula.

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Pompeo, que foi diretor da CIA antes de se tornar secretário de Estado após Trump demitir Rex Tillerson, se encontrou duas vezes com Kim em Pyongyang. Em sua viagem mais recente, ele trouxe de volta três americanos que estavam sendo mantidos pela Coreia do Norte.

Pompeo também abordou tensões com o Irã por conta de seu programa nuclear, dizendo que Washington busca se encontrar com aliados europeus e de outras regiões para discutir o futuro, após Trump retirar os EUA do acordo iraniano de 2015 neste mês.

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O primeiro encontro entre líderes da Coreia do Norte e da Coreia do Sul desde o fim da Guerra da Coreia foi histórico. Não só pela perspectiva de negociação como também pelo clima de harmonia entre Kim Jong-un e Moon Jae-in

Momento em que os dois líderes apertam as mãos após divulgação de comunicado conjunto em que anunciaram o tratado de paz entre as duas Coreias

Líderes das Coreias prometem encerrar o conflito e abrir as fronteiras até o final deste ano

O líder norte-coreano pisou no país vizinho pela primeira vez em sua vida. Foi muito bem recebido e se mostrou satisfeito com a decisão de iniciar conversas de paz entre os dois países, que formalmente estão em guerra desde 1953

A cena foi motivo de reverência dos profissionais que acompanharam a delegação do líder norte-coreano e também foi muito comemorada pela população da Coreia do Sul

Neste momento histórico na Zona Desmilitarizada entre as Coreias do Norte e do Sul, Kim Jong-un e Moon Jae-in apertam as mãos na divisa entre os dois países

Eles posaram para fotos, diante de autoridades que observavam satisfeitas o inédito aperto de mãos, que deu início a conversações consideradas promissoras para ambos os lados

Moon e Kim realizaram sua terceira reunião este ano na capital norte-coreana de Pyongyang, em meados de setembro, quando Kim propôs a idéia dos presentes caninos, disse a Casa Azul, em comunicado no domingo

Após uma parada com honras militares, o encontro começou oficialmente. O encontro, que pode selar a paz entre as Coreias, começou na manhã de sexta-feira (27), no horário local (noite de quinta, no horário de Brasília)

O presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, desceu do carro em uma avenida em Seul, para cumprimentar pessoas que estavam ao lado da rua comemorando a reunião com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un.

O comboio de Moon Jae-in seguiu viagem para o norte, rumo à Zona Desmilitarizada entre os dois países, local marcado para o encontro

Centenas de coreanos lotaram as laterais das ruas e estradas com bandeiras da Coreia do Sul, acenando para o presidente

O comboio avançou pela ponte que faz a ligação com a região da fronteira, rumo à vila de Panmunjom, onde há 65 anos foi assinado o cessar-fogo que encerrou a Guerra da Coreia (1950-53). O conflito entre os países, no entanto, nunca foi oficialmente encerrado

Moon Jae-in chegou ao local do encontro parecendo animado

Kim Jong-un chegou cercado por seguranças e assessores e desceu a escada para encontrar Moon Jae-in

A população em geral apoiou a iniciativa. Já se fala inclusive na unificação dos dois países. Em Paju, perto da Zona Desmilitarizada, pessoas agitam bandeiras da Coreia unificada, no momento do encontro

Enquanto isso, após as homenagens e já dentro do complexo, Jong-un assina o livro de visitantes, observado pelo anfitrião Jae-in. As negociações, formalmente, começaram

Já na mesa de negociações, Jong-un e Jae-in estavam sorridentes e, frente a frente, o líder norte-coreano afirmou para seu colega que uma "nova história estava se iniciando", falando sobre o ingresso em uma "era de paz"

O presidente sul-coreano, Moon Jae-in, acompanha o líder norte-coreano, Kim Jong Un, após cerimônia de boas-vindas na aldeia de Panmunjom, dentro da zona desmilitarizada que separa as duas Coreias.

Seguranças correram ao lado do carro que levava o líder norte-coreano Kim Jong-un na aldeia de trégua de Panmunjom dentro da zona desmilitarizada que separa as duas Coreias

Os líderes posam para fotos com as primeiras-damas Ri Sol Ju, da Coreia do Norte, e Kim Jung-sook, da Coreia do Sul

Segundo a Casa Azul, a fêmea provavelmente já estava prenha quando foi entregue ao presidente sul-coreano. Moon afirmou que deseja que isso se torne um símbolo para que a relação entre os dois países se tornem 'frutíferas'

A raça pungsan, batizada em homenagem a um condado norte-coreano, é conhecida por sua lealdade e habilidades para a caça. A raça é considerada como um 'monumento natural' norte-coreano