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EUA alertam China para risco de apoiar 'agressão russa'

Presidente Joe Biden conversará com o líder chinês Xi Jinping sobre as questões na Ucrânia nesta sexta-feira (18)

Internacional|

Soldados cobrem o caixão do prefeito Ivan Skrypnyk, assassinado após a invasão russa
Soldados cobrem o caixão do prefeito Ivan Skrypnyk, assassinado após a invasão russa Soldados cobrem o caixão do prefeito Ivan Skrypnyk, assassinado após a invasão russa

Os Estados Unidos alertaram a China nesta quinta-feira (17) para qualquer tentativa de "apoiar a agressão russa" contra a Ucrânia, onde novos bombardeios deixaram mais de 20 mortos no leste.

O presidente dos EUA, Joe Biden, ameaçará nesta sexta (18) o líder chinês Xi Jinping com represálias se a China "apoiar a agressão russa" com ajuda militar, antecipou o secretário de Estado americano, Antony Blinken.

O secretário estimou que os ataques da Rússia contra civis constituem crimes de guerra e acusou Moscou de não fazer "esforços significativos" na frente diplomática para resolver o conflito.

Essas advertências são feitas após uma série de relatos de bombardeios a alvos civis que já deixaram centenas de mortos desde o início da invasão da Ucrânia, ordenada há três semanas pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin.

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Kiev, onde o cerco das tropas russas é cada vez mais intenso, saiu hoje de um toque de recolher de 35 horas.

Prestar contas

O Ministério de Defesa da Rússia negou ter atacado, na última quarta-feira (16), um teatro na cidade portuária de Mariupol, no sudeste da Ucrânia, sitiada há mais de duas semanas pelas forças de Moscou.

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Segundo autoridades locais, havia mais de mil refugiados no teatro. A ONG Human Rights Watch, que destacou a falta de dados, citou a presença de pelo menos 500 pessoas. As informações chegam a conta-gotas e em ocasiões contraditórias. A Ucrânia e os países ocidentais acusam a Rússia, que atribui o ataque a milicianos de extrema direita ucranianos.

O teatro de Mariupol "foi fortemente bombardeado hoje, embora servisse como um abrigo bem conhecido e claramente identificado para civis, inclusive crianças", denunciou o chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, que também citou relatos de ataques russos contra a cidade de Mikolaiv.

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"Esses ataques deliberados a civis e infraestruturas civis são vergonhosos, reprováveis e totalmente inaceitáveis", criticou Borrell, acrescentando que "os autores dessas graves violações e crimes de guerra, bem como líderes governamentais e comandantes militares, terão que prestar contas".

Biden chamou Putin de "criminoso de guerra"na última quarta-feira e anunciou o envio de grande ajuda militar à Ucrânia, onde civis foram atingidos em ataques a padarias, mercados e teatros.

"Acho que Putin é um criminoso de guerra", respondeu Biden a uma jornalista na Casa Branca. Sua secretária de imprensa, Jen Psaki, esclareceu em seguida que Biden "falava com o coração", depois de ver imagens de "ações bárbaras de um ditador brutal durante sua invasão de um país estrangeiro".

A resposta russa não demorou. "Consideramos inaceitável e imperdoável tal retórica do chefe de Estado cujas bombas mataram centenas de milhares de pessoas em todo o mundo", disse o porta-voz presidencial russo, Dmitri Peskov.

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Cerca de 30 mil pessoas deixaram Mariupol na última semana e outras 350 mil "continuam se escondendo em abrigos e porões" daquela cidade, segundo a prefeitura. Mais de 1.200 pessoas morreram em ações violentas em Mariupol desde o início da guerra, de acordo com fontes ucranianas. 

As pessoas que conseguiram fugir da cidade descrevem uma situação humanitária crítica e relataram que tiveram de beber neve derretida e fazer fogo para cozinhar a pouca comida disponível.

"Piorava a cada dia. Não tínhamos energia elétrica, água ou comida. Não era possível comprar nada em lugar nenhum", disse à AFP uma mulher que se identificou apenas como Darya.

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