EUA anunciam um ‘pacote maciço’ de venda de armas para Taiwan; veja valores
Legislação obriga os EUA a fornecerem meios para a autodefesa da ilha; China diz que venda ‘prejudica a estabilidade’
Internacional|Do R7
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Os Estados Unidos aprovaram na quarta-feira (18) a venda de US$ 11,1 bilhões em armas para Taiwan, o maior pacote de armamentos já destinado à ilha, em meio ao aumento da pressão militar e diplomática exercida pela China. O anúncio marca a segunda autorização desse tipo sob a atual administração do presidente Donald Trump.
Segundo o Ministério da Defesa de Taiwan, a proposta envolve oito itens e inclui sistemas de foguetes HIMARS, obuses, mísseis antitanque Javelin, drones de ataque Altius e peças para outros equipamentos militares. O pacote ainda está em fase de notificação ao Congresso dos Estados Unidos, que pode bloquear ou alterar a venda, embora Taipé conte com apoio bipartidário.
Em comunicado, o governo taiwanês afirmou que os Estados Unidos seguem auxiliando a ilha na manutenção de capacidades adequadas de autodefesa e na construção de um poder de dissuasão. Segundo a nota, o objetivo é fortalecer vantagens associadas à guerra assimétrica, consideradas essenciais para a paz e a estabilidade regional.
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O Pentágono afirmou, em comunicados separados, que a venda atende aos interesses nacionais, econômicos e de segurança dos Estados Unidos e apoia os esforços de Taiwan para modernizar suas forças armadas e manter uma capacidade defensiva considerada credível.
Nos últimos anos, com incentivo americano, Taiwan tem reformulado sua estratégia militar para priorizar armas móveis, menores e mais baratas, como drones, capazes de causar danos significativos a uma força invasora. A porta-voz do gabinete presidencial, Karen Kuo, afirmou que o país continuará promovendo reformas na defesa, fortalecendo a resiliência da sociedade e demonstrando determinação em se defender, ao agradecer aos Estados Unidos pelo apoio.
No mês passado, o presidente de Taiwan, Lai Ching-te, anunciou um orçamento suplementar de defesa de US$ 40 bilhões para o período de 2026 a 2033 e declarou que não há espaço para concessões em matéria de segurança nacional.
A reação de Pequim foi imediata. O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que a venda de armas prejudica a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan e exigiu o fim desses acordos. O porta-voz Guo Jiakun declarou que, ao apoiar a independência de Taiwan com armas, os Estados Unidos apenas atrairão problemas para si mesmos e que usar a ilha para conter a China está fadado ao fracasso.
O anúncio do pacote americano ocorreu após uma viagem não divulgada do ministro das Relações Exteriores de Taiwan, Lin Chia-lung, à região de Washington, onde se reuniu com autoridades americanas. O governo taiwanês não comentou a agenda dos encontros.
Embora mantenha relações diplomáticas formais com Pequim, Washington sustenta laços não oficiais com Taiwan e é o principal fornecedor de armas da ilha. A legislação americana obriga os Estados Unidos a fornecerem meios para a autodefesa taiwanesa, ainda que essas vendas sejam uma fonte constante de tensão com a China.
Apesar de temores regionais de que negociações entre Donald Trump e o presidente chinês Xi Jinping possam reduzir o apoio a Taipé, autoridades americanas disseram que pretendem ampliar as vendas de armas para Taiwan em relação ao primeiro mandato de Trump. A estratégia de segurança nacional divulgada neste mês afirma que os Estados Unidos buscam dissuadir conflitos em torno de Taiwan preservando a superioridade militar na região, linguagem que foi bem recebida pelo governo taiwanês.
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