EUA e Otan exigem libertação de militares ucranianos
Para europeus não há justificativa para uso da força contra navios ucranianos, enquanto EUA dizem que Rússia deve interromper "conduta ilegal"
Internacional|Do R7, com agências
Após uma reunião de emergência, a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) exigiu da Rússia a libertação "imediata" dos 23 marinheiros ucranianos presos e dos três navios apreendidos no último domingo (25), segundo a agência Ansa.
"Pedimos que a Rússia garanta acesso sem obstáculos aos portos ucranianos e permita a liberdade de navegação para a Ucrânia no Mar de Azov e no Estreito de Kerch. Não há justificativa para uso da força contra os navios ucranianos. Por isso, pedimos que solte imediatamente os marinheiros ucranianos e os navios apreendidos", disse o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, cobrando também "calma e moderação".
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A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Nikki Haley, afirmou que Moscou deve interromper "imediatamente sua conduta ilegal e respeitar a liberdade de navegação de todos os Estados". "Esse não é o modo de agir de uma nação civilizada", declarou.
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A Reuters informou que a Rússia reabriu o Estreito de Kerch, após bloqueio para impedir que os navios passassem do Mar Negro para o Mar de Azov. O argumento era de que a pequena flotilha não a notificou de seus planos com antecedência e ignorou alertas para parar quando fazia manobras perigosas. A Ucrânia nega qualquer irregularidade.
Apesar da reabertura, segundo a Reuters ouviu de uma testemunha, as três embarcações navais ucranianas apreendidas pela Rússia ainda estava no porto de Kerch, na Crimeia.
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