EUA e União Europeia anunciarão acordo sobre gás natural
Objetivo dos países do Ocidente é retirar a dependência energética que a Europa tem em relação à Rússia
Internacional|Do R7
Estados Unidos e União Europeia anunciarão nesta sexta-feira (25) um acordo para o envio de GNL (gás natural liquefeito) americano aos países da Europa, segundo anunciou nesta quinta-feira (24) a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
"Amanhã, com o presidente [Joe] Biden, apresentaremos um novo capítulo da nossa associação energética. Trata-se de gás natural liquefeito adicional dos Estados Unidos para a União Europeia, substituindo o gás natural russo que temos por agora", disse a líder do Executivo do bloco continental.
"É um importante passo adiante", completou Von der Leyen, na chegada à cúpula que os líderes europeus realizam hoje em Bruxelas, que tem o presidente americano como um dos convidados.
A presidente da Comissão Europeia havia participado mais cedo da cúpula do G7, na qual os países mais industrializados do mundo decidiram restringir as vendas de ouro da Rússia e reduzir a dependência energética de Moscou.
A presidente do Executivo comunitário disse também que a "energia será um assunto importante da cúpula europeia" e garantiu que o objetivo principal é a compra conjunta de gás, para poder ganhar influência, "com o poder do mercado europeu", assim como o armazenamento conjunto da fonte energética.
Os líderes dos países que integram o bloco continental debaterão diferentes fórmulas para conseguir reduzir os preços da energia.
Ontem, a Comissão Europeia apresentou cinco opções, que vão desde estabelecer um teto no preço do gás, compensar os custos de produção de empresas que gerem eletricidade com combustíveis fósseis, redirecionar os "benefícios caídos do céu" aos consumidores ou criar um agregador que garanta um preço baixo a consumidores vulneráveis.
Bruxelas também apresentou uma proposta legislativa para obrigar os Estados-membros do bloco a manter seus depósitos de gás cheios em, pelo menos, 80% no próximo inverno, além de um mecanismo para retirar o controle dos depósitos de companhias de países terceiros, como a russa Gazprom.
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O documento sobre energia apresentado pela Comissão é o terceiro dos últimos cinco meses, em que o Executivo europeu, sob pressão de países como Espanha, Grécia, Romênia, França, Itália e Bélgica, se abriu progressivamente a intervir no mercado, algo considerado impensável seis meses atrás.
As medidas, ainda assim, não chegam a agradar nações como a Alemanha e a Holanda.
A cúpula de hoje acontece após as da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e do G7, também realizadas na capital belga, com a reunião de cerca de 30 líderes mundiais que debateram a invasão russa da Ucrânia.
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