EUA esperam poder vacinar todos os grupos até abril
Especialista do governo acredita que ampliação da produção levará imunização para todos os grupos nos próximos 3 meses
Internacional|Da EFE
O principal epidemiologista do governo dos Estados Unidos, Anthony Fauci, afirmou nesta quinta-feira (11) que "em abril" qualquer cidadão norte-americano poderá receber a vacina contra o novo coronavírus, graças à aceleração da produção e à melhora na distribuição.
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"Quando chegarmos a abril... será época de abertura, no sentido de que praticamente todos em qualquer categoria podem ser vacinados", explicou Fauci, em entrevista ao programa de televisão "Today", da emissora "NBC".
Ele também apontou que a imunidade de rebanho poderia ser alcançada no "final do verão" (no hemisfério norte).
Vacinação em massa
Os EUA já vacinaram 10% de sua população, tendo 33,7 milhões de pessoas recebido pelo menos uma das 44,7 milhões de doses administradas, informaram ontem os Centros de Controle de Doenças dos EUA (CDC, sigla em inglês).
Fauci reconheceu que um dos problemas é o "ceticismo" quanto à eficácia da vacina, por isso disse que é importante reafirmar sua segurança.
Os ex-presidentes Barack Obama, George W. Bush e Bill Clinton disseram que estão dispostos a ser vacinados contra a covid-19 perante às câmeras, em uma tentativa de promover confiança entre o público americano.
O presidente Joe Biden prometeu que seu governo vai garantir que 150 milhões de pessoas recebam pelo menos a primeira dose da vacina nos primeiros 100 dias de seu governo, ou seja, no dia 30 de abril.
Segundo dados do CDC, foram administradas 23,4 milhões de doses da vacina fabricada pela Pfizer/BioNTech, enquanto a outra que já foi autorizada até agora nos Estados Unidos, a Moderna, recebeu 21,1 milhões.
O governo espera que a aprovação de novas vacinas impulsione os números diários de vacinação e aguarda que este mês seja a fabricada pela Johnson & Johnson, que tem 66% de eficácia na prevenção de doenças moderadas a graves, segundo estudo.
Os EUA são o país do mundo mais afetado pela pandemia, com mais de 27 milhões de casos e mais de 470 mil mortes, segundo dados da Universidade Johns Hopkins.