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EUA falham e não devolvem todas as crianças menores de 5 anos

Em audiência sobre separação de famílias de imigrantes, governo dos EUA afirmou que não tem como localizar pais que não têm endereço atualizado

Internacional|Beatriz Sanz, do R7

No dia 26, todas crianças deverão ser reunidas com os pais
No dia 26, todas crianças deverão ser reunidas com os pais No dia 26, todas crianças deverão ser reunidas com os pais

Vencido o prazo para que devolvesse as crianças imigantes menores de 5 anos para seus pais, na última terça-feira (10), o governo dos Estados Unidos confirmou que não conseguiu reunir as 107 crianças que constavam na lista com seus pais. A informação foi apresentada pelo Departamento de Justiça dos EUA durante a audiência com o juiz Dana Sabraw.

Segundo os advogados do Departamento de Justiça apenas 38 crianças com menos de cinco anos seriam reunidas com suas famílias até o prazo final estipulado pelo juiz.

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Isso representa um terço do número total de crianças separadas nessa idade.

Outras 16 crianças deverão ser reunificadas com seus pais "na sequência", enquanto, pelo menos 20 ainda dependem de uma série de outras circunstâncias que incluem a localização dos pais.

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O governo dos EUA afirmou que não está apto a localizar alguns pais que não têm seu endereço atualizado nos bancos de dados há mais de um ano.

Ordem era reunir todas as crianças

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A decisão do juiz Sabraw ordenava que todas as crianças fossem devolvidas a seus pais ou resposáveis legais, não apenas aquelas que foram separadas após a política de tolerância zero de Donald Trump.

O juiz responsável pelo caso deixou claro que não aumentaria o prazo para o governo americano. "Estes são prazos firmes. Eles não são objetivos ambiciosos", disse Sabraw.

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A próxima batalha do Departamento de Justiça é reunir todas as crianças até o prazo final, dia 26 de junho.

Cidadãos dos EUA podem ter sido separados

O governo admitiu erros no processo de separação entre pais e filhos, incluindo um caso em que “registros mostram que pai e filhos podem ser cidadãos dos EUA".

"Realmente acontece com muito mais frequência do que você acredita", disse Lee Gelernt, vice-diretor do Projeto de Direitos dos Imigrantes da ACLU presente na audiência. “Eles [ICE] cometem erros”.

Tanto a ACLU quanto a justiça dos Estados Unidos não tinham a informação de que famílias do país haviam sido afetadas pela política de separação de famílias.

A polêmica do DNA

Na audiência da semana passada, o juiz já havia decretado que o uso de testes de DNA para identificar as famílias, só deveria ser usado em último caso, quando a identificação não fosse possível de outras formas.

No entanto, algumas famílias relataram para a imprensa norte-americana que os testes de DNA realizados nas crianças estavam sendo cobrados.

Segundo o jornal Daily Beast, ao menos quatro mães receberam essa intimação.

Em resposta, o governo disse que os testes são gratuitos.

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