EUA: outra mulher acusa indicado para Suprema Corte de abuso
Indicado de Trump à Suprema Corte, mais alto tribunal dos Estados Unidos, juiz Brett Kavanaugh se defenderá das acusações nesta quinta-feira (27)
Internacional|Da Ansa Brasil
Na véspera da sabatina do juiz Brett Kavanaugh na Comissão de Justiça do Senado, surgiu nesta quarta-feira (26) mais uma mulher com acusações contra o indicado do presidente Donald Trump para uma vaga na Suprema Corte.
Julie Swetnick alega ter sido vítima de estupro coletivo em uma festa em 1982, quando estava no ensino médio, e diz que Kavanaugh estava "presente". Além disso, ela declara que estava "inconsciente" e "incapaz de lutar" contra os rapazes que a violentavam.
"Também testemunhei esforços de Brett Kavanaugh e outros para embriagar e desorientar garotas para que elas pudessem ser estupradas em grupo por inúmeros garotos", afirmou Swetnick, que é representada por Michael Avenatti, advogado da atriz pornô que diz ter sido subornada para não revelar um caso extraconjugal com Trump.
"Eu tenho a firme lembrança de ver garotos em fila fora dos quartos em muitas dessas festas, esperando por sua 'vez' com uma garota. Esses garotos incluíam Brett Kavanaugh", relatou. Outras duas mulheres já haviam acusado o juiz de violência sexual.
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A primeira foi a professora Christine Blasey Ford, que acusa Kavanaugh de tê-la tocado e de ter tentado tirar sua roupa à força quando os dois eram adolescentes. A segunda foi Deborah Ramirez, ex-colega do magistrado na Universidade Yale.
Segundo seu relato, Kavanaugh abaixou a calça e esfregou os genitais em seu rosto durante uma festa.
A Casa Branca diz que as acusações são uma "campanha de difamação" promovida pelo Partido Democrata.
Nesta quinta-feira (27), tanto Ford quanto Kavanaugh prestarão depoimento na Comissão de Justiça do Senado. O escândalo paralisou a nomeação do juiz para a Suprema Corte, que pode sofrer uma mudança em seu equilíbrio de forças com a chegada de Kavanaugh.
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