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EUA pedem à Rússia que reconheça Guaidó presidente da Venezuela

A Venezuela vem passando por um longo período de tensão política desde janeiro, quando Maduro tomou posse para um novo mandato de seis anos

Internacional|Da EFE

Os Estados Unidos foram o primeiro a reconhecer Guaidó como chefe de Estado interino
Os Estados Unidos foram o primeiro a reconhecer Guaidó como chefe de Estado interino

O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, pediu nesta terça-feira (10) ao ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, que reconheça o líder oposicionista Juan Guaidó como presidente da Venezuela.

"Quanto mais tempo Nicolás Maduro permanecer no poder, mais profunda será a miséria dos venezuelanos. Pedimos ao governo russo que apoie as aspirações democráticas e a legitimidade do presidente interino Juan Guaidó", declarou Pompeo em entrevista coletiva depois da reunião entre os dois em Washington.

Além disso, Pompeu defendeu um processo que terminaria com uma eleição presidencial no país vizinho, um processo que, segundo ele, precisa ser livre e justo.

Por sua vez, Lavrov defendeu que tem que ser os venezuelanos a liderar uma hipotética mudança na situação política da Venezuela. Nesse sentido, lembrou que a Rússia apoia uma mesa de negociações como o processo em Oslo, que ele lamentou estar "no limbo".


A Venezuela vem passando por um longo período de tensão política desde janeiro, quando Maduro tomou posse para um novo mandato de seis anos que não é reconhecido nem oposição nem parte da comunidade internacional. Em resposta, Guaidó, presidente do Parlamento, proclamou-se presidente interino do país.

Os Estados Unidos foram o primeiro a reconhecer Guaidó como chefe de Estado interino e mais tarde foram acompanhados por 50 países, incluindo a maior parte da América Latina.

Lavrov também discutiu com Pompeu sobre as acusações de que a Rússia interferiram nas eleições presidenciais dos EUA em 2016. "Todas as alegações de nossa interferência são infundadas, não há evidência, não vimos essa evidência, ninguém nos deu essa evidência porque simplesmente não há", declarou o ministro.

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