EUA pedem que americanos 'saiam agora' da Ucrânia
Apesar da recomendação, governo descarta operação de retirada parecida com a do Afeganistão
Internacional|Do R7
O governo dos Estados Unidos recomendou nesta segunda-feira (24) que os cidadãos americanos na Ucrânia "saiam agora" do país e afirmou que não contempla nenhum plano de evacuação como o que ocorreu no Afeganistão.
"Estamos comunicando aos cidadãos americanos que eles devem sair [da Ucrânia] agora", declarou a porta-voz do governo americano, Jen Psaki, em entrevista coletiva diária, na qual esclareceu que "não há nenhum plano para uma evacuação militar".
O Departamento de Estado ordenou no domingo passado a saída das famílias dos trabalhadores da embaixada em Kiev e autorizou a retirada dos funcionários não essenciais diante da "contínua ameaça de uma ação militar por parte da Rússia".
"Não há intenção de promover uma saída ou uma evacuação nesse sentido [como no Afeganistão]. Portanto, estamos comunicando aos cidadãos americanos que eles devem sair agora", advertiu Psaki.
A porta-voz observou que os americanos podem deixar a Ucrânia por meio de companhias aéreas comerciais ou por via terrestre e destacou que a embaixada em Kiev pode "prestar assistência".
No entanto, ela insistiu que o Afeganistão foi o único precedente para uma evacuação militar e que a recomendação de deixar a Ucrânia é a mesma que em casos como na Etiópia e no Cazaquistão.
Na mesma coletiva, Psaki revelou que o governo dos EUA tem discutido com aliados europeus ao longo das últimas semanas o possível destacamento de tropas americanas para o Leste Europeu.
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Biden se reunirá nesta segunda-feira com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o secretário-geral da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), Jens Stoltenberg, e vários líderes europeus para coordenar a resposta à mobilização de tropas russas na fronteira ucraniana.
A Aliança Atlântica anunciou nesta segunda-feira que está "em alerta" e enviando navios e caças adicionais para as forças da Otan no Leste Europeu, reforçando a dissuasão e a defesa aliada, enquanto a Rússia continua a aumentar o poder militar nos arredores da Ucrânia.