EUA pedem que China compartilhe informação sobre surto de Covid-19
País asiático tinha rígidas medidas de distanciamento desde o início da pandemia, mas mudou de estratégia após protestos
Internacional|Do R7
O secretário de Estado americano, Antony Blinken, pediu, nesta quinta-feira (22), que a China compartilhe informação sobre o surto de Covid registrado no país, e reforçou a oferta de compartilhar vacinas americanas.
"É muito importante que todos os países, inclusive a China, se concentrem em que as pessoas se vacinem, que os testes e o tratamento estejam disponíveis e, o que é mais importante, que compartilhem informação com o mundo sobre o que estão vivenciando porque tem implicações não só para a China, mas para o mundo inteiro", disse Blinken durante coletiva de imprensa.
Blinken disse que a China, adversária frequente dos Estados Unidos, não pediu ajuda. Pequim promoveu as exportações de vacinas locais, que especialistas internacionais em saúde consideram menos eficazes do que as fabricadas nos Estados Unidos.
"Estamos completamente preparados para dar assistência a qualquer um que solicite e acredite que possa ser útil", disse Blinken.
O secretário de Estado americano, que paneja uma visita a Pequim no começo de 2023, disse que o interesse dos Estados Unidos em conter o surto de Covid na China é tanto humanitário quanto egoísta.
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"A cada vez que o vírus se propaga ou circula, existe a possibilidade de que uma nova variante se desenvolva, e essa variante se propague ainda mais. Vem e nos atinge, ou atinge outros países", lembrou.
"E, como temos visto, há implicações claras para a economia global", destacou em alusão às políticas anticovid na China, a segunda maior economia do mundo, depois dos Estados Unidos.
A China, onde a Covid-19 foi detectada pela primeira vez há três anos, tinha anunciado uma política de Covid zero, que incluía restrições estritas. Mas mudou abruptamente de rumo no começo deste mês, depois de protestos crescentes da população.
Milhões de idosos não estão completamente vacinados na China e os crematórios em algumas regiões do país estão sobrecarregados, reportaram a AFP e outros meios de comunicação.