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EUA sancionam Rússia e Irã por 'fazer cidadãos americanos reféns'

O país quis mostrar que 'não é aceitável recorrer a comportamento desprezível que consiste em utilizar pessoas como peões'

Internacional|Do R7

Evan Gershkovich, correspondente do Wall Street Journal, foi preso pelo serviço de segurança russo
Evan Gershkovich, correspondente do Wall Street Journal, foi preso pelo serviço de segurança russo

Os Estados Unidos impuseram novas sanções à Guarda Revolucionária Iraniana e à agência de inteligência russa FSB, acusando-as de "fazer cidadãos americanos reféns", entre eles o repórter do jornal The Wall Street Journal preso na Rússia no mês passado.

O país mostrou que "não é aceitável recorrer a esse comportamento desprezível, que consiste em utilizar pessoas como peões, moedas de troca, sem arcar com as consequências", declarou um alto funcionário americano, sob condição de anonimato.

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Ambas as entidades já tinham sido alvo de sanções dos Departamentos de Estado e Tesouro dos Estados Unidos.

Essas medidas punitivas adicionais estão destinadas a "responsabilizar os culpados e, portanto, evitar que ocorra uma nova rodada de casos assim", disse o funcionário.


No fim de março, o serviço de segurança russo prendeu Evan Gershkovich, de 31 anos, correspondente do Wall Street Journal, sob a acusação de espionagem, enquanto ele estava a trabalho em Ecaterimburgo, na região dos montes Urais.

O Kremlin afirma que ele foi detido em "flagrante delito [...] de espionagem", sem apresentar provas, e classificou o expediente como sigiloso.


Gershkovich é acusado de ter coletado informação sobre a indústria de defesa. O jornalista nega categoricamente esse crime, que é punível com até 20 anos de prisão.

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Washington busca a libertação do profissional e também a de Paul Whelan, um ex-fuzileiro naval americano detido na Rússia em 2018 e condenado à prisão dois anos depois por suposta espionagem.

No ano passado, durante uma troca de prisioneiros com Moscou, o governo dos EUA conseguiu a libertação da jogadora de basquete americana Brittney Griner, detida na Rússia pela posse de um vaporizador e de um líquido que continha Cannabis, em troca do traficante de armas Viktor Bout, que estava preso nos Estados Unidos.

Pelo menos três americanos de origem iraniana estão detidos no Irã, entre eles o empresário Siamak Namazi, que está recluso na prisão de Evin, em Teerã, desde 2015.

O Departamento do Tesouro dos EUA também sancionou quatro altos funcionários da Guarda Revolucionária Iraniana.

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