EUA x Venezuela: ações militares contra cartéis de drogas podem ser expandidas? Entenda

Com os embates entre Estados Unidos e Venezuela, os membros do Congresso norte-americano afirmaram que vão investigar se as Forças Armadas do país violaram a lei ao realizar o ataque no Caribe que destruiu a embarcação com 11 pessoas a bordo.

Esse ataque e o que derrubou os sobreviventes teriam sido aprovados pelo secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, que negou essa informação, alegando que, apesar de defender, não autorizou as respectivas ações militares.

“Não é a primeira vez que a gente observa intervenções militares norte-americanas nos países latino-americanos justamente para impedir o avanço de cartéis de drogas, mas de fato quando a gente fala sobre o direito internacional, o que os Estados Unidos realizaram seria considerado um crime, já que essas pessoas, apesar de eventualmente fazerem parte de cartéis de droga, seriam no mínimo julgadas em território americano”, explica a especialista em relações internacionais Giovana Branco.

Segundo ela, que participou do Conexão Record News, se o foco do governo norte-americano for destruir a rede de drogas da América Latina, os demais países do continente podem ser afetados nessa área.

O conflito interno norte-americano apresenta dois lados de uma mesma moeda: as autoridades do país que classificam os ataques como avanços contra os cartéis de drogas e as leis internacionais dos Estados Unidos, que afirmam ser homicídio o ato de matar suspeitos de tráfico de drogas que não representam uma ameaça iminente.

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