Evo Morales compara Juan Guaidó a 'vice-rei colonial'
O político boliviano demonstrou seu apoio ao presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e apoia que a Venezuela resolva seus problemas mediante o diálogo
Internacional|Da EFE
O presidente da Bolívia, Evo Morales, comparou nesta quarta-feira Juan Guaidó a um "vice-rei colonial" por não ter emergido de uma votação na Venezuela e criticou a Europa pelo apoio de países do continente ao reconhecerem-no como presidente interino do país.
"Avaliamos que a Europa defende o multilateralismo, por isso não entendemos como alguns países desconhecem a soberania da Venezuela e reconhecem como presidente alguém não votado para isso e que mais parece um vice-rei colonial", escreveu Morales no Twitter.
O presidente boliviano manifestou que o reconhecimento dado por países da União Europeia ao chamado presidente interino da Venezuela "é um precedente perigoso" para o direito internacional e a democracia, já que essa posição "debilita o multilateralismo".
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Morales também criticou a denominada ajuda humanitária que pretendiam enviar à Venezuela e que, segundo sua opinião, não fez mais do que "prejudicar uma instituição tão importante" de colaboração para os países.
O político boliviano demonstrou em várias ocasiões seu apoio ao presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e se disse a favor de a Venezuela resolver seus problemas mediante o diálogo interno e sem a intervenção de outros países.
Guaidó chegou à Venezuela nesta semana após visitar Colômbia, Brasil, Paraguai, Argentina e Equador, e manifestou a sua intenção de fazer viagens à Europa com o objetivo de obter mais apoios.
Na excursão sul-americana, Guaidó foi recebido com honras de chefe de Estado por governos que o reconhecem como autoridade legítima da Venezuela, como ocorre com a maioria dos países que integram a União Europeia.
Por sua vez, Maduro convocou para o próximo sábado manifestações anti-imperialistas para responder às mobilizações dos seus opositores, que nesse mesmo dia se concentrarão em diferentes pontos do país para exigir sua renúncia.