Ex-preso 'exemplar' confessa ter matado professora na Espanha
Dentro da cadeia, Bernardo Montoya trabalhava e não causava grandes problemas, então ele tinha direito a certos 'luxos', como trabalho e saídas
Internacional|Beatriz Sanz, do R7
Nos últimos dias a Espanha parou para acompanhar o caso da professora Laura Luelmo. Recém-formada e tomando posse do seu primeiro emprego em um pequeno povoado, ela desapareceu sem deixar rastros no dia 12 de dezembro.
Seu corpo foi encontrado na última segunda-feira (17), seminu e com marcas de violência.
Dois dias depois a polícia espanhola prendeu Bernardo Montoya, que confessou ter assassinado a professora.
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Até outubro deste ano, Montoya não poderia ter cometido crime, já que ele estava preso no centro penitenciário de Huelva, no sudoeste da Espanha.
Com um histórico de assaltos violentos e outro feminicídio, Montoya passou mais de 20 anos atrás das grades.
Na prisão ele tinha o selo de “preso de confiança” e trabalhava como serralheiro, um grande privilégio dentro sistema penal espanhol.
Já que dentro da cadeia ele trabalhava e não causava grandes problemas, ele tinha direito a outros luxos, como saídas. Certa vez, ele se aproveitou de uma dessas para fugir.
Pouco tempo depois, no entanto, ele se apresentou voluntariamente de volta ao presídio. O castigo pela fuga foi um aumento de 180 dias na pena geral.
Nada disso evitou que ele estuprasse e matasse Laura Luelmo após cumprir as penas pelos crimes que já havia cometido. O ex-presidiário tentou fugir, mas não conseguiu.