União Europeia pedirá à China para pressionar Rússia pelo fim na guerra na Ucrânia
Governo chinês é próximo de Vladimir Putin e já se absteve de voto que exigia que Rússia retirasse tropas de terras ucranianas
Internacional|Do R7
O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, pedirá à China diretamente no Conselho de Segurança das Nações Unidas que faça mais para pressionar a Rússia em direção a uma "paz justa" na Ucrânia, de acordo com seu discurso preliminar visto pela Reuters na Assembleia Geral da ONU.
Na reunião do Conselho de Segurança nesta quarta-feira (20) durante a Assembleia Geral anual de alto nível da ONU em Nova York, Michel pedirá "uma paz justa que respeite a Carta da ONU e seus princípios fundamentais — a integridade territorial de uma nação soberana".
Michel então se dirigirá diretamente à delegação chinesa para dizer: "Como nações responsáveis, vamos unir forças — para persuadir a Rússia a acabar com essa guerra criminosa que está prejudicando tantas pessoas", diz o rascunho.
O vice-presidente da China, Han Zheng, está em Nova York para a reunião anual de líderes mundiais e espera-se que participe do encontro do conselho de 15 membros pela China, segundo diplomatas.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, também deve participar da reunião do conselho.
A China se absteve de votar na Assembleia Geral da ONU, composta por 193 membros, que exigiu de forma esmagadora que Moscou retirasse suas tropas da Ucrânia e parasse os combates. A Rússia invadiu sua vizinha em fevereiro de 2022.
As abstenções da China pareceram refletir uma tentativa de permanecer na cerca diplomática sobre a guerra na Ucrânia. Pequim disse que a soberania e a integridade territorial de todos os países devem ser respeitadas, mas — em um aceno ao desconforto da Rússia com a Otan — acredita que todas as preocupações de segurança devem ser abordadas.