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Exército israelense ameaça 'arruinar' o Líbano caso aumentem ataques do Hezbollah

Porta-voz militar Richard Recht afirmou que soldados estão preparados para uma guerra de duas frentes

Internacional|Do R7

Richard Hecht, porta-voz do Exército de Israel
Richard Hecht, porta-voz do Exército de Israel

Um porta-voz do Exército de Israel ameaçou, nesta terça-feira (17), "arruinar" o Líbano caso aumentem os ataques do grupo xiita Hezbollah na zona fronteiriça, que chegou ao décimo dia consecutivo de trocas de tiros e incidentes violentos.

"Esperamos que o Líbano não cometa o erro de arruinar seu país por causa do Hamas", disse o porta-voz internacional do Exército israelense, Richard Hecht, em alusão às hostilidades que ocorreram na fronteira desde pouco depois do início da guerra entre Israel e as milícias palestinas na Faixa de Gaza.

Questionado sobre se o Exército está preparado para uma guerra de duas frentes que inclua as milícias de Gaza e do Líbano, Hecht afirmou que, embora o foco principal atualmente seja o conflito com o Hamas, as defesas foram aumentadas na frente norte, onde estão "preparadas, prontas e posicionadas".

"É claro que estamos preparados para lidar com uma guerra em duas frentes", destacou.


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Hoje, as milícias palestinas no Líbano lançaram um total de quatro mísseis antitanque contra postos militares israelenses e comunidades perto da fronteira.

Um desses lançamentos impactou a cidade fronteiriça de Metula e deixou um saldo de três feridos: dois reservistas do Exército e um civil.


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Em resposta, o Exército israelense continuou bombardeando nesta terça múltiplos alvos em território libanês, incluindo postos militares pertencentes ao Hezbollah.

Em um incidente anterior, o porta-voz militar israelense anunciou nesta manhã que suas tropas frustraram uma tentativa de infiltração em seu território por "células terroristas" que foram descobertas quando se aproximaram do muro fronteiriço do lado libanês. Quatro dos agressores morreram durante o incidente, de acordo com o comunicado militar.

Além disso, horas antes, o Exército revelou que tinha atacado a "infraestrutura militar" do Hezbollah no sul do Líbano em resposta aos disparos do grupo contra Israel no dia anterior.

Os dez dias consecutivos de trocas de tiros entre Israel e o Hezbollah representam o maior pico de tensão desde 2006.

Nesse contexto, as autoridades israelenses ordenaram ontem a evacuação de 28 comunidades localizadas a menos de 2 quilômetros da fronteira, onde vivem cerca de 27 mil pessoas.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, emitiu ontem uma advertência ao Irã e seu principal aliado, o Hezbollah, em tom ameaçador sobre a possibilidade de abrirem uma nova frente para Israel na sua fronteira norte, paralelamente à guerra que trava com o Hamas em Gaza.

Os episódios dos últimos dias deixaram ao menos 21 mortos: cinco em Israel — quatro soldados e um civil — e ao menos 16 no Líbano, incluindo três civis — um cinegrafista da agência Reuters —, oito membros do Hezbollah e cinco membros de milícias palestinas.

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