Explosões que danificaram gasodutos Nord Stream equivalem a 'centenas de quilos' de TNT
Autoridades da Suécia e da Dinamarca afirmam que vazamentos foram resultado de uma ação proposital e não de um acidente
Internacional|Do R7, com AFP
Os quatro vazamentos dos gasodutos Nord Stream no mar Báltico foram causados por explosões submarinas equivalentes a "centenas de quilos" de TNT, disse um relatório oficial da Suécia e da Dinamarca fornecido à ONU nesta sexta-feira (30).
"A magnitude das explosões foi medida em 2,3 e 2,1 respectivamente na escala Richter, ou seja, provavelmente o equivalente a uma carga explosiva de centenas de quilos", informaram os dois países escandinavos em comunicado ao Conselho de Segurança da ONU, que se reúne nesta sexta-feira para tratar do assunto em Nova York, a pedido da Rússia.
"Todas as informações disponíveis revelam que essas explosões são o resultado de um ato deliberado", escrevem Suécia e Dinamarca em sua carta endereçada ao secretário-geral da ONU, sem apontar um possível responsável.
A fonte e o autor das explosões permanecem um mistério. Washington e Moscou acusam-se mutuamente de serem responsáveis.
Quatro vazamentos
Na segunda-feira (26), foram identificados dois vazamentos nos gasodutos Nord Stream, que ficam entre a Rússia e a Alemanha, no mar Báltico. Em seguida, um terceiro dano foi identificado.
Apesar de o fluxo de gás ter sido interrompido devido à guerra na Ucrânia, a tubulação ainda estava cheia, o que resultou em um vazamento que produziu bolhas gigantescas de 200 metros a até 1 quilômetro de diâmetro.
Na quinta-feira (29), a Guarda Costeira da Suécia informou que foi detectado um quarto vazamento nos gasodutos.
"Há dois vazamentos do lado sueco e dois vazamentos do lado dinamarquês", afirmou à AFP uma fonte da Guarda Costeira.
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O acontecimento sem uma explicação plausível levantou suspeitas de que havia ocorrido um ato deliberado, como uma sabotagem.
A primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, afirmou que era "difícil imaginar que seja um acidente".
O Nord Stream, o consórcio que opera o gasoduto, admitiu o caráter excepcional da situação e disse que investigaria as causas.
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