Flórida: policial responsável pela escola não interveio no massacre
Scott Peterson, que estava armado no momento do tiroteio, ficou posicionado fora do prédio e não confrontou com o atirador; ele se demitiu nesta quinta
Internacional|Fábio Fleury, do R7, com agências internacionais
O policial responsável pela escola onde aconteceu o massacre que matou 17 pessoas na Flórida, na semana passada, se demitiu nesta quinta-feira (22), após admitir a seus superiores que se posicionou na entrada do prédio da Marjory Stoneman Douglas, na cidade de Parkland, mas não confrontou o atirador.
Scott Peterson, que era responsável por vigiar o prédio e responder justamente a ocorrências como essa, pediu demissão após ser comunicado que receberia uma suspensão por não ter agido corretamente.
O xerife Scott Israel, superior de Peterson, contou à imprensa norte-americana que percebeu o erro operacional do oficial ao assistir vídeos de câmeras de segurança e depoimentos de testemunhas.
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"Ele deveria ter entrado, confrontado e matado o assassino", relatou Israel, que não confirmou se Peterson será processado pelo que deixou de fazer. "Isso me deixa doente, não tenho nem palavras para mostrar como me sinto".
Massacre e protestos
Na quarta-feira passada (14), o estudante Nikolas Cruz, 19, entrou armado na escola Marjory Stoneman Douglas e abriu fogo com um rifle AR-15, matando 17 pessoas e ferindo outras 14.
Desde então, sobreviventes da escola e de outros tiroteios em massa estão promovendo debates públicos e eventos para pedir que o governo regule melhor a venda de armas.
Proposta de Trump
Nesta quinta-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu uma proposta para que professores sejam armados para responder mais rapidamente a ameaças e recebam bônus por isso.