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Arquivos da Stasi, a polícia secreta da Alemanha Oriental comunista, revelam como espiões do regime se disfarçavam para se infiltrar em ambientes comuns
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O artista plástico alemão Simon Menner se debruçou na pesquisa desse material e o mostrou ao mundo, em seu livro Ultrassecreto: Imagens dos Arquivos da Stasi, publicado em 2013
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Depois da queda do Muro de Berlim, em 1989, a maioria dos arquivos da Stasi ficou disponível ao público
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O Museu da Fotografia de Montreal afirma, em sua página sobre Menner, que ele analisou os documentos durante dois anos em busca de materiais sobre vigilância e camuflagem, os principais temas de seu trabalho
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As fotos que ele encontrou eram de treinamento para espiões: as pessoas vestiam disfarces e caracterizações para passarem despercebidas. Elas também aprendiam como dar sinais codificados
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Bigodes falsos, chapéus, boinas e óculos escuros, assim como vários outros adereços, faziam parte dos disfarces usados pelos agentes da inteligência, que tinha a reputação de ser uma das mais temidas do mundo
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"O fato de os espiões da Stasi tentarem se parecer com pessoas comuns mostra que eles haviam perdido completamente a conexão com seus cidadãos", disse Menner em entrevista à CNN internacional
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"A maioria das pessoas provavelmente riria ao ver essas fotos agora. Parecem ridículas. (...) mas mostram um capítulo sombrio da história alemã", completa
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De acordo com a publicação, a partir da década de 1950, a Stasi se infiltrou em quase todas as esferas da sociedade e, em meados da década de 1980, criou uma grande rede de informantes
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Os agentes investigavam seus cônjuges, assim como vizinhos e amigos. A proporção de 80 mil espiões que trabalhavam em tempo integral para as 16 milhões de pessoas que viviam na Alemanha Oriental superava a da Rússia no período da União Soviética