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Desde a madrugada de terça-feira (27), o potente furacão Ian atravessou o oeste de Cuba e deixou o país no escuro, com um apagão generalizado, ao danificar a rede de energia elétrica, além de derrubar árvores e provocar outros danos, antes de seguir em direção ao estado americano da Flórida
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"Não há serviço de energia elétrica em nenhuma área do país no momento", declarou Lázaro Guerra, diretor técnico da estatal União Elétrica, na terça-feira à noite. As pessoas caminhavam pelas ruas com o auxílio da luz de seu telefone
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O Ministério de Minas e Energia citou uma "condição excepcional", cuja solução exige "muita precisão", e afirmou que o serviço será restabelecido de forma paulatina, durante as próximas horas, no país de 11,2 milhões de habitantes
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O Centro Nacional de Furacões (NHC) dos Estados Unidos prevê que o "Ian se aproximará da costa oeste da Flórida como um furacão intenso extremamente perigoso"
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O furacão de categoria 3, que de madrugada tocou o solo na província de Pinar del Río, a oeste de Cuba, estava a 375 km de Sarasota, Flórida, na tarde de terça-feira (27), e avançava com ventos sustentados de 195 km/h e velocidade de 17 km/h
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A caminho de San Juan y Martínez, a 190 km de Havana, um dos locais mais castigados e área de plantação de tabaco em Pinar del Río, há cultivos inundados e árvores arrancadas, muitas como se tivessem sido cortadas com um machado, constataram jornalistas da AFP
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Embora o furacão tenha saído da ilha, em várias províncias ocidentais, Havana inclusive, prosseguiam os ventos e as chuvas, com uma faixa periférica de 600 km. O presidente Miguel Díaz-Canel visitou a região mais afetada de Pinar del Río: "Os danos são grandes", disse em sua conta no Twitter, e assegurou que está enviando ajuda
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Até a madrugada, cerca de 40 mil pessoas foram retiradas de suas casas em Pinar del Río, informou a primeira-secretária do governista Partido Comunista da província, Yamilé Ramos. Na capital, 4.000 pessoas seriam levadas a locais seguros