A destruição de seu hábitat e os caçadores furtivos
dizimaram a população de elefante-da-floresta (ou elefante africano da
floresta), e a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na
sigla em inglês) afirma que estão em risco de extinção
Thomas Mukoya/Reuters - 8.2.2021
O Loxodonta cyclotis é menor do que seu primo das savanas e
vive, principalmente, na selva da África Central e Ocidental. Em 30 anos, viu
sua população diminuir em 86% e, agora, é considerado em perigo crítico de
extinção, alertou a IUCN nesta quinta-feira (25), em uma atualização de sua lista
vermelha de espécies ameaçadas
Imelda Medina/Reuters
A população de elefantes-da-savana (Loxodonta africana)
diminuiu pelo menos 60% nos últimos 50 anos e é classificada como "em
perigo".
Há 50 anos, cerca de 1,5 milhão de elefantes percorriam toda
África. De acordo com o censo mais recente de grandes mamíferos, em 2016, caiu
para 415 mil
Thomas Mukoya/Reuters - 8.2.2021
O
declínio no número de animais de ambas as espécies se acelerou desde 2008,
quando a caça furtiva por presas de marfim se intensificou, atingindo seu auge
em 2011. E, embora o fenômeno tenha perdido intensidade, continua ameaçando os
elefantes, adverte a IUCN
AMAURY HAUCHARD / AFP
"São
quedas realmente acentuadas", diz à AFP Benson Okita Ouma, da ONG Save the
Elephants e copresidente do grupo de especialistas em elefantes africanos da
IUCN
Thomas Mukoya/Reuters - 8.2.2021
Os elefantes não vão desaparecer da África da noite para o
dia, segundo ele, mas "essa classificação deve servir de alerta de que, se
não mudarmos o curso das coisas, teremos boas chances de ver esses animais
afetados de extinção"
Philimon Bulawayo/Reuters
Atualmente, os elefantes-da-floresta ocupam apenas 25% de
seu território original, e suas populações mais importantes se encontram no
Gabão e no Congo. O elefante-da-savana prefere um hábitat mais aberto, na
África Subsaariana.
AMAURY HAUCHARD / AFP
Para Okita Ouma, talvez o mais preocupante seja a destruição
do hábitat dos elefantes para aumentar a área de terras agrícolas, ou a
exploração florestal.
"Se não planejarmos adequadamente nossa exploração da
terra, haverá formas indiretas de morte", mesmo se conseguirmos deter a
caça ilegal e outros sacrifícios ilegais
AMAURY HAUCHARD / AFP
A
pandemia do coronavírus também tem impacto nos esforços de conservação da
natureza. Por um lado, priva os países da receita do turismo, usada para
financiar esses esforços. Por outro, a queda da atividade humana permitiu aos
elefantes "recolonizar" certas áreas, das quais a atividade humana os
havia expulsado