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França confirma 50 casos de covid-19 no porta-aviões Charles de Gaulle

A Marinha suspeita que o contágio tenha ocorrido durante uma escala que o navio realizou em Brest, entre 13 e 15 de março

Internacional|Da EFE

Porta-aviões da Marinha francesa, Charles de Gaulle
Porta-aviões da Marinha francesa, Charles de Gaulle

A França confirmou nesta sexta-feira (10) que foram detectados 50 casos positivos da covid-19 a bordo do Charles de Gaulle, o porta-aviões da Marinha francesa, que estava em missão no norte da Europa e retornou à sua base em Toulon, na costa mediterrânea do país.

De acordo com o Ministério da Defesa francês, três marinheiros foram levados ontem (9), por helicóptero, para um aeroporto em Lisboa, de onde foram transferidos por uma ambulância aérea para um hospital militar em Toulon.

Suspeitando que alguns dos 1.760 ocupantes do porta-aviões possam ter contraído o coronavírus, as autoridades militares enviaram na última quarta-feira (8) uma missão composta por dois médicos e um especialista em crises biossanitárias para estudar a situação a bordo e realizar testes.

Dos 66 testes realizados em militares com sintomas, 50 apresentaram resultados positivos, disse o Ministério, observando que não há casos graves e que as três evacuações foram realizadas "por precaução" e para preservar a capacidade do navio de lidar com possíveis complicações.


Os infectados foram confinados em uma área do porta-aviões previamente preparada para esse fim, enquanto as normas de prevenção foram reforçadas no navio e as máscaras foram distribuídas entre todos os seus ocupantes, fornecidas por outro navio da Marinha francesa.

O Charles de Gaulle deixou sua base em Toulon, em 21 de janeiro, quando a epidemia de coronavírus ainda não havia sido declarada na França.


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A Marinha suspeita que o contágio tenha ocorrido durante uma escala que o navio realizou em Brest, entre 13 e 15 de março, quando o governo francês já recomendava a limitação de saídas da casa para a população, ordenou o fechamento de bares e restaurantes, mas realizou o primeiro turno das eleições municipais.

Embora o Estado-Maior tenha cancelado as tradicionais visitas de familiares, os marinheiros conseguiram deixar o navio antes de seguir para o Atlântico Norte, sem partida ou chegada desde então.


Cinco dias depois, os primeiros sintomas apareceram e uma área do navio foi designada para o confinamento, embora, por falta de testes, os médicos do porta-aviões não pudessem confirmar se era covid-19.

No dia 29, o navio atracou na Dinamarca, onde 11 marinheiros foram evacuados com diferentes patologias. Pelo menos um deles foi testado positivo na chegada à França.

Diante do agravamento da situação, a ministra da Defesa, Florence Parly, ordenou há quatro dias o fim da missão do Charles de Gaulle e seu retorno à sua base, para a qual ele agora está navegando perto do Estreito de Gibraltar.

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