França diz que Turquia e Irã violam leis internacionais na Síria
Ministro das Relações Exteriores francês cobrou que todas as milícias apoiadas pelo Irã, incluindo o Hezbollah, saiam do território sírio
Internacional|Do R7
O ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Yves Le Drian, cobrou nesta quarta-feira (7) que todas as milícias apoiadas pelo Irã, incluindo o grupo libanês Hezbollah, deixem a Síria, e disse que a Turquia e o Irã estão violando a lei internacional com suas respectivas ações no país.
Em entrevista à emissora de televisão BFM, Le Drian também disse haver indícios de que forças do governo sírio estão usando gás tóxico contra civis, embora a Organização das Nações Unidas (ONU) precise confirmá-lo.
Indagado se gostaria que as Forças Armadas turcas partam da Síria, Le Drian respondeu querer "a retirada de todos aqueles que não devem estar na Síria, incluindo milícias iranianas, incluindo o Hezbollah".
Embora não tenha pedido especificamente que a Turquia encerre sua ofensiva contra milícias curdas no norte sírio, ele disse que Ancara não deveria piorar o conflito.
"Garantir a segurança de suas fronteiras não significa matar civis, e isso deveria ser rejeitado. Em uma situação perigosa na Síria, (a Turquia) não deveria levar mais guerra à guerra".
A França vem apoiando a oposição síria ao longo da guerra de sete anos e é parte da coalizão liderada pelos Estados Unidos que combate militantes do Estado Islâmico.
Le Drian afirmou que a lei internacional "está sendo violada pela Turquia, pelo regime de Damasco e por aqueles que estão atacando Ghouta Ocidental e Idlib". Seus comentários foram o pronunciamento mais duro de seu país até o momento a respeito do envolvimento turco no conflito sírio.