Um caso que assombrou a França em 2013 volta ao noticiário nesta semana. Começa hoje na cidade de Tulle, na região central da França, o julgamento de Rosa-Maria da Cruz, 50, uma mulher acusada de manter a própria filha em cativeiro dentro do porta-malas do carro desde o nascimento.
A criança foi descoberta em um estado deplorável em uma oficina, onde Cruz teria levado o carro. Ela havia dado ordens expressas para que os funcionários não abrissem o porta-malas, no entanto, eles ficaram assustados com o barulho que vinha dali e contrariaram a dona do veículo.
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Guillaume Iguacel e Denis Latour, os funcionários da oficina, pensaram se tratar de um animal, mas descobriram uma criança nua, envolta em fezes e restos de comida, dormindo em um cesto apodrecido.
Menina foi batizada como Serena
A menina recebeu o nome de Serena. Ela tinha dois anos na época. A mãe afirmou que não aceitava a gravidez e o pai afirmou desconhecer a existência da criança. Eles já tinham outros três filhos.
A mãe pode enfrentar 20 anos na prisão pelos crimes de “violência seguido por mutilação ou enfermidade permanente de incapazes" e "ocultação que resultou na violação do estado civil de uma criança".
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Segundo testemunhas, Cruz já havia passado por um momento semelhante na gravidez do terceiro filho, com dificuldades de aceitar o nascimento.
Cruz afirmou à Justiça que a criança não vivia no porta-malas e sim em um quarto, afastada da família.
No entanto, a promotoria conseguiu um laudo que atesta que autismo e as reduções de mobilidade que Serena desenvolveu são decorrentes dos maus tratos na infância. Atualmente, a menina tem 7 anos e foi adotada por uma nova família.
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