França realiza operações policiais contra extremistas islâmicos
Polícia francesa busca pessoas que manifestaram apoio ao atentado em que um professor foi decapitado na última sexta-feira, perto de Paris
Internacional|Da EFE
Após o ataque jihadista no qual um professor foi decapitado na última sexta-feira nos arredores de Paris, o ministro do Interior da França, Gérald Darmanin, anunciou nesta segunda-feira (19) a realização de operações policiais contra dezenas de pessoas que teriam postado em redes sociais mensagens de apoio a esse crime.
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Em entrevista à emissora "Europe 1", Darmanin disse que, desde o assassinato, 80 procedimentos foram abertos para averiguar mensagens que justificavam a ação terrorista.
"Já houve prisões desde domingo. A partir desta manhã, há e continuará a haver operações policiais. São muitas e têm como alvo dezenas de pessoas", afirmou.
Medidas contra o terror
Darmanin também contou que autoridades farão visitas a associações ligadas ao fundamentalismo islâmico e que o Conselho de Ministros decidirá sobre dissolver algumas delas, a pedido do presidente do país, Emmanuel Macron.
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O ministro citou em particular o Comitê contra a Islamofobia (CCI), uma organização que há muito tempo está na mira da justiça, mas ressaltou que existem "centenas" de outras na mesma situação.
O objetivo, segundo Darmanin, é "enviar a mensagem de que aqueles que ameaçam a República não terão descanso".
Além disso, ontem o ministro já havia anunciado que havia instruído os chefes regionais de polícia para expulsarem 231 estrangeiros que moram ilegalmente no país e que estavam sendo monitorados por sua radicalização islâmica. Destes, 180 estão atualmente presos.
Esta operação policial foi anunciada algumas horas após uma reunião do Conselho Nacional de Defesa, liderado por Macron, concluída no domingo à noite, na qual foram consideradas medidas em várias frentes para intensificar a luta contra o terrorismo islâmico na França.