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Governo do Iêmen e houthis chegam a acordo preliminar sobre Hodeida

As negociações buscavam avançar na implementação das medidas da trégua combinada em dezembro do ano passado na Suécia

Internacional|Do R7


O cessar-fogo foi rompido
O cessar-fogo foi rompido

O governo do Iêmen e os rebeldes houthis firmaram um "compromisso preliminar" sobre a retirada das forças da cidade de Hodeida, segundo informou a ONU nesta quinta-feira (7).

O acordo ainda precisa ser aprovado pelos líderes dos dois lados e as Nações Unidas esperam convocar ambas as partes na próxima semana para fechar todos os detalhes, explicou o porta-voz da organização, Stéphane Dujarric.

De acordo com a ONU, as duas partes acertaram um "firme compromisso" de respeitar e melhorar durante o cessar-fogo na região.

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As Nações Unidas intermediaram durante os últimos dias as conversas entre o governo e os houthis a bordo de um embarcação internacional ancorada no porto de Hodeida. As negociações buscavam avançar na implementação das medidas combinadas em dezembro do ano passado na Suécia.


Um dos principais pontos daquelas tratativas era a retirada de ambas as tropas de Hodeida, um porto do mar Vermelho considerado fundamental para a entrada de ajuda no país, que vive a maior crise humanitária do mundo.

Segundo a ONU, o "compromisso preliminar" adotado é fruto de uma proposta de Michael Lollesgaard, o novo chefe da equipe que supervisiona o cessar-fogo na região e que intermediou as últimas conversas.


Dujarric explicou que Lollesgaard propôs a opção a fim de ajudar a superar as diferenças que ainda existiam entre as partes após esse diálogo. Para ambas, a proposta pareceu "aceitável, em princípio", para desbloquear a implementação do pactuado em Estocolmo.

Na capital sueca, o governo iemenita e os houthis fizeram as primeiras conversas de paz desde 2016, que terminaram com um acordo para uma trégua em Hoideida e para retirar todas as tropas da cidade, deixando a região em mãos das forças locais.


Esse pacto contou com a participação da ONU em um papel de observação, que a organização assumiu com o envio de dezenas de especialistas sob comando do holandês Patrick Cammaert, em um primeiro momento, e de Lollesgaard agora.

Paralelamente, durante os últimos dias representantes do governo iemenita e do movimento rebelde se reuniram em Amã para uma grande troca de prisioneiros, outra das medidas impulsionadas na Suécia.

O conflito armado no Iêmen começou em 2014, quando os rebeldes houthis, apoiados pelo Irã, ocuparam Sana e outras províncias do país.

A disputa se agravou em 2015, com a intervenção da coalizão militar liderada pela Arábia Saudita e integrada por países sunitas a favor das forças leais ao presidente Abdo Rabu Mansour Hadi.

Veja também: Da Venezuela ao Iêmen: os conflitos que merecem atenção em 2019

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