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Iêmen pode ter ‘pior fome do mundo em 100 anos’, diz ONU

A situação é tão grave que 18 milhões de pessoas já não sabem de onde vem sua próxima refeição e 8 milhões delas são consideradas 'à beira da fome'

Internacional|Beatriz Sanz, do R7

O Iêmen está prestes a enfrentar a maior fome dos últimos 100 anos em todo o mundo, disse a coordenadora humanitária da ONU no Iêmen, Lise Grande. A afirmação foi feita rede de notícias BBC.

O país que fica no limite do Oriente Médio, já enfrenta a mais grave crise humanitária da atualidade em meio a um conflito armado que muitas vezes passa despercebido. Grande afirmou que, caso os ataques aéreos não parem, o país verá os números de pessoas famintas aumentar de forma chocante.

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"Acho que muitos de nós pensamos, quando entramos no século 21, que era impensável que pudéssemos voltar a ver uma fome como vimos na Etiópia, que vimos em Bengala, que vimos em partes da União Soviética — isso foi simplesmente inaceitável", afirmou Grande. Mas é o que pode acontecer no Iêmen.

Em entrevista à CNN, o PMA (Programa Mundial de Alimentos) da ONU afirmou que o número de pessoas em situação de fome no país pode atingir 12 milhões.

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A situação no país é tão grave que 18 milhões de pessoas já não sabem de onde vem sua próxima refeição e 8 milhões delas são "consideradas à beira da fome".

Segundo dados da ONU, pelo menos 50% das crianças iemenitas são raquíticas e o número de crianças que sofrem de desnutrição aguda grave aumentou 90% nos últimos três anos.

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Hodeida sob fogo

O principal foco no conflito atualmente é a cidade de Hodeida que abriga um importante porto para o Iêmen. Atualmente, a cidade é controlada pelos houthis — os rebeldes que expulsaram o antigo governo.

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Hodeida recebe ataques constantes da Arábia Saudita que tenta conduzir o antigo governo de volta ao poder.

Os Houthis são apoiados pelo Irã e já controlam a maior parte do país, incluindo a capital Sanaa.

O assassinato e mutilação de civis, incluindo muitas crianças, disparou nos últimos três meses no país, de acordo com trabalhadores humanitários.

Por conta da falta de segurança e dos ataques constantes, até mesmo contra civis, a cidade de Hodeida não tem acesso ao estoque de trigo que poderia alimentar 3,7 milhões de pessoas famintas no norte e centro do Iêmen por um ano, disse Stephen Anderson chefe do PMA à CNN.

Além disso, a moeda do Iêmen continua se desvalorizando, o que aumenta ainda mais o preço dos alimentos.

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