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Governo etíope declara cessar-fogo no conflito do Tigré

Retirada do exército da capital, Mekele, marca nova etapa das negociações de paz com os rebeldes da região

Internacional|Da EFE

O exército federal etíope abandonou Mekele, capital do Tigré, nesta segunda
O exército federal etíope abandonou Mekele, capital do Tigré, nesta segunda O exército federal etíope abandonou Mekele, capital do Tigré, nesta segunda

O governo da Etiópia declarou nesta segunda-feira (28) um cessar-fogo unilateral no conflito da região do Tigré — onde mantém uma ofensiva armada desde novembro do ano passado —, após o governo interino regional ter pedido o fim das hostilidades.

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Em comunicado lido na televisão estatal, o governo etíope decretou o cessar-fogo e pediu que o Exército e as forças armadas regionais respeitem a medida, referindo-se às forças da região vizinha de Amhara, envolvidas na guerra.

Segundo fontes do governo interino do Tigré, nomeado por Adis Abeba, o Exército etíope deixou a capital da região, Mekele, nesta após as forças da Frente de Libertação do Povo Tigré, integradas às Forças de Defesa Tigré, assumirem o controle da cidade.

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Negociação secreta

Uma fonte diplomática que desejou permanecer anônima disse à Agência Efe que nesta semana o governo etíope iniciou um diálogo com as embaixadas de Estados Unidos e Reino Unido para pedir que gerissem uma negociação secreta com a Frente de Libertação do Povo Tigré.

A retirada das forças federais da capital regional foi uma condição estabelecida pelos governos ocidentais contatados pelas autoridades etíopes, explicou a fonte diplomática.

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Por outro lado, a diretora executiva do Unicef, Henrietta H. Fore, denunciou no Twitter que membros das Forças Armadas da Etiópia entraram no seu escritório em Mekele nesta segunda-feira e "desmantelaram" o seu equipamento de comunicação por satélite.

"Esta ação viola os privilégios e imunidades da ONU e as regras do direito humanitário internacional", denunciou Fore.

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Antes do anúncio do governo central, Abraham Belay, chefe do governo interino do Tigré, tinha pedido uma solução política para o conflito e enviado uma proposta ao governo do primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed.

"A abordagem da crise humanitária em Tigré é responsabilidade do governo federal, não podemos esperar que isto venha do grupo rebelde que está brincando com as vidas do povo", disse Abraham na televisão estatal.

O conflito no Tigré eclodiu no dia 4 de novembro do ano passado, após o governo central ter atacado a Frente de Libertação do Povo Tigré, que era então o partido que estava no poder na região, em retaliação a um suposto ataque anterior das forças locais contra uma base do Exército federal.

Abiy Ahmed declarou vitória sobre as forças do Tigré no final de novembro, depois que o Exército federal tomou Mekele, mas a guerra permaneceu ativa apesar dos pedidos da comunidade internacional para uma cessação das hostilidades.

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