Governo interino da Bolívia mantém eleição presidencial em outubro
A nova lei logo foi rejeitada pelo Centro dos Trabalhadores Bolivianos e seu líder, Juan Carlos Huarachi: a lei 'nunca foi combinada com o povo'
Internacional|Do R7
O governo interino da Bolívia sancionou uma lei nesta quinta-feira (13) que determina que a eleição presidencial adiada seja realizada em 18 de outubro, apesar dos apelos da oposição para que fosse antecipada.
A lei imporia penalidades criminais a qualquer esforço de alterar a data.
As tensões estão aumentando enquanto a nação sul-americana segue para uma repetição da votação disputada de outubro de 2019, que desencadeou protestos e levou o ex-líder Evo Morales a renunciar.
Em julho, o tribunal eleitoral da Bolívia adiou a eleição para 18 de outubro devido à pandemia de coronavírus, mas apoiadores de Morales estão exigindo que ela seja realizada em 6 de setembro. A disputa provocou protestos e bloqueios de estradas.
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A nova lei logo foi rejeitada pelo COB (Centro dos Trabalhadores Bolivianos). O principal líder do COB, Juan Carlos Huarachi, disse que a lei "nunca foi combinada com o povo".
Em um comunicado conjunto, a Organização das Nações Unidas (ONU) e a União Europeia expressaram apoio à data oficial.
Os principais concorrentes à eleição são o partido Movimento ao Socialismo (MAS) de Morales e uma oposição conservadora fragmentada que inclui a presidente interina, Jeanine Añez, que assumiu em meio ao vácuo de poder do ano passado prometendo uma nova eleição em breve.