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Governo turco admite uso de força excessiva em protestos

Relatório investiga casos concretos de abuso policial em Istambul e Esmirna

Internacional|Do R7

Manifestantes reunidos no mês de junho para protestar contra o governo no centro de Ancara, na Turquia
Manifestantes reunidos no mês de junho para protestar contra o governo no centro de Ancara, na Turquia

Um relatório do Ministério do Interior da Turquia, divulgado por um jornal local, afirma que a polícia empregou em várias ocasiões força excessiva contra os manifestantes na praça Taksim e no parque Gezi, em Istambul, que entre maio e julho viveu uma onda de protestos.

O documento ministerial foi vazado e publicado nesta segunda-feira (2) pelo jornal Milliyet. O relatório investiga casos concretos de abuso policial em Istambul e Esmirna. Nestes locais foram utilizados gás lacrimogêneo a curta distância contra civis desarmados e pacíficos e cassetetes por parte de policiais à paisana, não identificados com coletes ou de qualquer outra maneira.

Os investigadores concluíram que vários casos confirmam o emprego de "força excessiva" e violação das regras vigentes. As conclusões já ocasionaram o início de investigações judiciais no interior da polícia, segundo o jornal. Ainda precisam ser feitos relatórios sobre os protestos em Ancara e a Antakya, outras duas cidades que tiveram um grande número de manifestações, acrescentou o Milliyet.

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Os distúrbios na Turquia geraram polêmica pelo uso contínuo de jatos de água, gás lacrimogêneo, balas de plástico e violência policial, que deixaram vários feridos em estado grave, como perda de visão e paralisia parcial. No total, durante os protestos morreram cinco manifestantes e um policial.

Dos cinco manifestantes, dois morreram por disparos de armas de fogo, um pelo impacto de uma bomba de gás e outro após apanhar de um grupo de pessoas, entre as quais suspeita-se que havia policiais à paisana. Segundo as conclusões preliminares da investigação, outro manifestante foi atropelado por um civil em uma barricada. Além disso, duas pessoas teriam morrido por ataques cardíacos causados pela exposição ao gás lacrimogêneo.


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