Grécia combate incêndio florestal pelo terceiro dia seguido
Fogo parece ter começado por alguém que queimou vegetação em um olival, segundo a agência de proteção civil
Internacional|Do R7
Os bombeiros lutavam neste sábado (22), pelo terceiro dia consecutivo, contra o primeiro grande incêndio do ano na Grécia, classificado pelos especialistas como "enorme catástrofe ecológica" na área de habitat natural protegida de Geraneia, ao oeste de Atenas.
O incêndio, que foi declarado no fim de quarta-feira (19) na cidade de Schinos, no golfo de Corinto, "é um dos maiores entre os ocorridos nos últimos anos no mês de maio, tão cedo na temporada", lamentou neste sábado o chefe dos bombeiros, Stefanos Kolokouris, na rede de televisão ANT1.
O fogo parece ter começado por alguém que queimou vegetação em um olival, segundo a agência de proteção civil.
A melhora das condições meteorológicas permitiu controlar a parte principal do fogo na noite de sexta-feira, apesar de "ainda restarem vários focos ativos dispersos", segundo os bombeiros.
Cerca de 270 bombeiros apoiados por 16 aviões continuam trabalhando neste sábado, apoiados pelo exército, atentos a possíveis ressurgimentos do incêndio nas montanhas do oeste do istmo de Corinto.
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Quando o fogo estiver totalmente controlado, será avaliado o alcance dos danos, afirmou a Proteção Civil.
Mas desde agora os especialistas e associações já falam de "catástrofe ecológica de uma extensão imensa", como escreveu neste sábado o jornal "Avghi". A floresta densa e conservada até agora foi queimada em 54%, informou.
E 6,1 % do maciço pertencia a áreas protegidas pela Rede Natura 2000, que reúne lugares naturais ou seminaturais da União Europeia com uma fauna e uma flora excepcionais.
Cerca de 55 km2 de floresta de pinheiros e outros terrenos já foram destruídos, segundo Euthymios Lekkas, professor de gestão de catástrofes ambientais da Universidade de Atenas.
É "uma imensa catástrofe ecológica que vai precisar de obras para evitar deslizamentos de terras e terríveis inundações", afirmou Lekkas.
Não há informações sobre vítimas, mas cerca de 10 casas foram danificadas e destruídas.
Voluntários das associações de defesa dos animais tentaram resgatar os animais feridos, queimados ou desidratados com primeiros socorros, água e alimentos.
Segundo o coletivo "Caesar's Paradise", foram encontrados carbonizados pássaros, tartarugas, ouriços, javalis, cachorros e gatos de rua.
Os incêndios florestais afetam a Grécia todo ano durante a estação seca, com fortes ventos e temperaturas que costumam superar os 30 graus.
Em 2018, 102 pessoas morreram na cidade costeira de Mati, perto de Atenas, no pior desastre por incêndio que a Grécia já registrou.
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