A polícia grega foi de porta em porta pedindo às pessoas que deixassem suas casas no norte de Atenas nesta sexta-feira (6). Equipes de emergência estão com dificuldade para impedir que incêndios florestais se alastrassem por mais cidades enquanto ventos atiçam as chamas em toda a Grécia pelo quarto dia seguido. A Grécia, como a maior parte do resto da Europa, está enfrentando condições climáticas extremas neste verão. Uma onda de calor de uma semana – a pior em 30 anos – desencadeou incêndios florestais simultâneos em muitas partes do país, queimando casas e matando animais conforme as chamas varrem milhares de hectares de terra. Ao menos 56 incêndios ativos foram confirmados no país. Do Peloponeso, no oeste, à ilha de Evia, próxima de Atenas, onde centenas de pessoas tiveram que ser retiradas de barco enquanto o fogo incinerava florestas até chegar na costa. "O incêndio em Ática é perigoso. Ele é imprevisível", disse o chefe da federação grega de bombeiros, Dimitris Stathopoulos, à Skai TV, referindo-se à região mais ampla que inclui a capital do país. Milhares de pessoas fugiram de casa desde que os incêndios florestais no sopé do Monte Parnitha, situado pouco ao norte de Atenas, voltaram a arder na quinta-feira, e autoridades ordenaram o esvaziamento de vários subúrbios. O fogo, que irrompeu na terça-feira, queimou os arredores da principal rodovia de ligação de Atenas com o norte grego, e centenas de bombeiros com aeronaves que lançam água lutavam para contê-lo.