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Grupo de agressores em Angola é suspeito de crimes financeiros

Líderes do movimento criminoso de ocupação de templos e casas da Igreja Universal tentaram dar um golpe financeiro e falsificaram documentos

Internacional|André Tal, da Record TV

Igreja Universal foi alvo de invasões e ataques em Angola
Igreja Universal foi alvo de invasões e ataques em Angola

Em Angola, o grupo criminoso que ameaça e agride religiosos brasileiros é suspeito de cometer crimes financeiros e fraudar documentos. Os homens que lideram o movimento criminoso de ocupação de templos e casas da Igreja Universal do Reino de Deus em Angola tentaram dar um golpe financeiro na instituição brasileira.

Documentos obtidos pela Record TV são provas da real motivação do grupo dissidente angolano, que age protegido pelas autoridades do país africano.

Usando o logo da igreja, eles se auto-intitulam como Comissão de Reforma e mandam uma carta para o Banco Atlântico, na capital Luanda.

Nela, os invasores querem ter poderes para representar a igreja junto às instituições públicas e privadas.


Carta imitando logo da Universal foi enviada ao Banco Atlântico, em Luanda
Carta imitando logo da Universal foi enviada ao Banco Atlântico, em Luanda

Rodrigo Maia: "Acompanhamos preocupados a situação de Angola"

Ainda pedem que os cartões dos religiosos brasileiros sejam desativados, assim como o serviço de internet banking.


Junto com a carta em que tentam se apossar das contas bancárias da Igreja Universal, os líderes do grupo angolano enviaram uma ata falsificada para supostamente provar que eles teriam se tornado representantes legais da instituição. Os termos do documento evidenciam a demonstração de ódio aos brasileiros.

Nesse ponto, os invasores escrevem: "os participantes decidiram por unanimidade dar por finda o serviço eclesiástico pela Igreja Universal em Angola dos missionários brasileiros em todo território nacional.


O grupo criminoso que ocupa templos, agride e expulsa religiosos brasileiros de suas casas em Angola é formado por dissidentes que foram afastados da Universal depois de desviarem dinheiro de doações e cometerem atos imorais.

Mais de 60 missionários brasileiros estão sob ameaça em Angola

Um documento oficial da igreja trata do desligamento de um dos líderes do movimento. O então bispo angolano já havia admitido de ter se relacionado sexualmente fora do casamento, em 2009.

Em 2018, antes de partir em missão religiosa para costa do marfim, ele voltou a confessar o adultério com a mesma mulher. Foi acordado que ele receberia uma ajuda humanitária, e poderia continuar a frequentar os cultos.

Agora, quase dois anos depois, o mesmo homem alega ter saído da igreja por sofrer discriminação e suposta imposição para que fizesse vasectomia. Argumentos para legitimar a ocupação, a violência, a xenofobia e até a tentativa de golpe bancário.

Entre os possíveis crimes cometidos estariam associação criminosa, invasão, agressões, crime de ameaça, difamação, calúnia, injuria, furto qualificado, roubo de objetos sagrados e usurpação de imóveis, quando se trata de apropriação de imóveis.

A crise em Angola repercute cada dia mais entre políticos brasileiros.

O senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) afirmou: “Hoje na Igreja Universal, amanhã será em outras igrejas. E aí nós permitiremos um caos. Então nós temos que combater isso. Minha solidariedade a igreja e a minha expectativa de que as responsabilidades sejam apuradas”.

O deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP) disse: “Sempre lamentável ver situações de violência como esta ocorrida em Angola, principalmente, numa igreja onde as pessoas buscam a Deus, paz e compaixão”.

João Doria (PSDB), governador de São Paulo, destacou: “Perseguição de brasileiros é inaceitável sob qualquer aspecto sob qualquer condição. Deve ser repudiada e combatida. A liberdade religiosa deve ser sempre garantida, como nós garantimos aqui no Brasil, como garantimos aqui em São Paulo e em qualquer parte do mundo”.

Bolsonaro pede a Angola proteção a religiosos e restituição de igrejas

Nesta quarta-feira (15) o Senado deve votar o requerimento da Comissão de Relações Exteriores para formar uma comissão parlamentar que possa viajar a Angola e verificar a perseguição religiosa contra brasileiros.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) disse que vai conversar com o primeiro vice-presidente Marcos Pereira para ver qual o tipo e apoio que os deputados entendem necessário junto com o Senado. “De fato não conversei com ninguém, vi apenas a preocupação e o discurso do primeiro vice-presidente e estamos acompanhando preocupados, mas vamos avaliar com a demanda e o que a Câmara pode fazer para ajudar nesse tema."

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