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Guaidó denuncia 'golpe no Parlamento' e convoca protestos

Líder da oposição pede para populares irem às ruas no sábado (11) e acusou chavista Nicolás Maduro de ter processado 10 deputados por rebelião

Internacional|Da EFE

Guaidó convoca protestos para o sábado (11)
Guaidó convoca protestos para o sábado (11)

O líder opositor Juan Guaidó, reconhecido como presidente interino da Venezuela por mais de 50 países, acusou nesta quinta-feira (9) o governo de Nicolás Maduro de dar um "golpe no Parlamento" ao processar 10 deputados por crimes de rebelião, e convocou protestos para sábado em todo o país.

"Vamos nos concentrar no sábado, às 10h (11h em Brasília), em todo o país. Não vão nos tirar das ruas", declarou Guaidó na primeira entrevista coletiva concedida desde ontem, quando foi detido o primeiro vice-presidente do Parlamento, Édgar Zambrano, um dos deputados da oposição tachados de golpistas.

O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) afirma que os dez parlamentares estão envolvidos em crimes de "traição à pátria, conspiração, incitação à insurreição, rebelião civil, usurpação de funções, incitação pública à desobediência das leis e ao ódio contínuo".

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A Assembleia Nacional Constituinte (ANC), órgão integrado apenas por aliados do governo e não reconhecido por vários países, determinou a suspensão da imunidade de sete desses parlamentares e deve fazer o mesmo com os outros nos próximos dias.


Guaidó denunciou que essas ações representam um "novo golpe" ao Parlamento, após o órgão - de maioria opositora - ter sido declarado em "desacato" pelo TSJ em 2016.

Pelo menos 29 deputados alegam ter ficado fora do Parlamento por motivos de perseguição política nos últimos três anos. Hoje, estão exilados, presos, sem privilégios parlamentares, privados de suas cadeiras por resolução da Justiça, refugiados em embaixadas ou em liberdade condicional.


Guaidó também comentou que seu representante na Organização dos Estados Americanos (OEA), Gustavo Tarre, convocará uma sessão no órgão para discutir o "novo golpe ao Parlamento".

Sobre a possibilidade de ser preso, o líder opositor disse ser um "risco latente há muito tempo" e que, se for concretizado, o chavismo estaria dando um "golpe de Estado".

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