Logo R7.com
Logo do PlayPlus

Guaidó faz ultimato a militares depois de ataque a indígenas

Em declaração nas redes sociais, líder da oposição garantiu que crime não ficará impune. Vítimas apoiavam entrada de ajuda humanitária na Venezuela

Internacional|Da EFE

Guaidó dá ultimato a militares depois de confronto
Guaidó dá ultimato a militares depois de confronto

O presidente da Assembleia Nacional (parlamento) da Venezuela, Juan Guaidó, que há um mês se autoproclamou presidente interino do país, exigiu que os militares situados na fronteira com o Brasil entreguem os responsáveis pelo ataque ocorrido nesta sexta-feira (22) contra um grupo de indígenas que deixou dois mortos.

Através de uma mensagem no Twitter, Guaidó exigiu aos generais Jesús Mantilla Oliveros, e Alberto Mirtiliano Bermúdez: "Ou capturam e entregam os responsáveis da repressão e assassinato dos irmãos pemones em Kumarakapay que apoiam a ajuda humanitária, ou os senhores serão responsabilizados".

Guaidó garantiu que o crime "não ficará impune" e pediu aos militares que decidam "de que lado estão nesta hora definitiva".

"A todos os militares: entre hoje e amanhã os senhores definirão como querem ser lembrados. Já sabemos que estão com o povo, os senhores nos deixaram muito claro. Amanhã poderão demonstrá-lo", insistiu o líder opositor.


Leia também

Com essa declaração, Guaidó se referia ao fato de que forças opositoras lideradas por ele esperam conseguir amanhã a entrada da ajuda humanitária que se encontra armazenada na cidade colombiana de Cúcuta, onde nesta sexta-feira (22) acontece uma grande apresentação musical em apoio à entrada destes recursos dirigidos aos mais necessitados na Venezuela.

Mais cedo, os deputados opositores do estado de Bolívar, que faz fronteira com o Brasil, denunciaram a morte de uma mulher em um enfrentamento entre as forças armadas e uma comunidade indígena que "defende" a entrada da ajuda humanitária no país.


O enfrentamento deixou pelo menos 15 feridos por disparos, três deles com gravidade, segundo disseram os parlamentares Américo de Grazia e Ángel Medina no Twitter.

Segundo De Grazia, os enfrentamentos começaram ontem, dia em que o governante Nicolás Maduro ordenou o fechamento da fronteira com o Brasil.


Apenas três dos feridos foram transferidos imediatamente para um centro de saúde devido à sua gravidade, pois, segundo De Grazia, não há gasolina nem ambulâncias para levar os restantes.

Guaidó reafirmou na quinta-feira em um "decreto presidencial" a autorização para a entrada da ajuda humanitária que o governo de Maduro se recusa a aceitar e pediu aos militares que agissem de acordo com sua instrução.

O líder opositor reiterou que a ajuda entrará na Venezuela "sim ou sim" e, para isso, se deslocou para a fronteira junto com um grupo de deputados e voluntários.

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.