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Guerra das redes: grupo terrorista Hamas utiliza mídias sociais para se autopromover

Organização prometeu executar reféns e transmitir assassinatos ao vivo caso Israel não cesse os ataques a alvos civis em seu território

Internacional|Maria Cunha*, do R7

Hamas divulgou vídeo para promover suas ações
Hamas divulgou vídeo para promover suas ações

O Hamas, grupo terrorista que governa a Faixa de Gaza, iniciou, no último sábado (7), uma guerra contra Israel. Mais de 5.000 foguetes foram lançados em direção ao território israelense, e, até agora, 1.504 pessoas morreram — sendo 800 israelenses e 704 palestinos. 

Com um alto número de vítimas em apenas três dias e uma escalada do conflito, diversas notícias de bombardeios e balanços sobre a ofensiva estão sendo divulgados em veículos jornalísticos ao redor do mundo e nas redes sociais.

As plataformas online, inclusive, são utilizadas pelos terroristas para promover o Hamas e, mais do que isso, demonstrar poder. "Uma tática dos grupos guerrilheiros, radicais e terroristas, cada um à sua maneira, utilizando as redes sociais, é disseminar a informação de que eles têm força para combater os seus inimigos, então é ela usada indiscriminadamente", explica o professor de relações internacionais da Facamp (Faculdades de Campinas) James Onnig.

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Um exemplo é o "ultimato" dado pelo Hamas, nesta segunda-feira (9), em relação ao contra-ataque israelense à Faixa de Gaza. A organização prometeu executar reféns e transmitir o ato ao vivo caso Israel não cesse os ataques a alvos civis em seu território. Estima-se que pelo menos uma centena de civis e militares tenha sido sequestrada pelo grupo. 

O internacionalista e fundador do Instituto Global Attitude, Rodrigo Reis, no entanto, diz crer que as provocações do grupo terrorista nas redes serão combatidas. “Eu acredito que vá acontecer uma retaliação de grandes proporções dos israelenses contra o Hamas, e é a população civil que vai acabar sendo colocada em fogo cruzado.”


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No primeiro dia da ofensiva, uma idosa, cuja identidade não foi revelada, teve a casa invadida e foi "brutalmente assassinada" por um terrorista do Hamas, que pegou o telefone da vítima, tirou uma foto do corpo e postou o registro no Facebook dela.

"O Hamas começou a mexer com as mídias sociais a partir de 2012. Primeiro, eles as usaram para mostrar o que acontecia na Palestina. Entre 2020 e 2021, o Hamas passou a usar o Twitter para demonstrar um pouco mais de força, para mostrar seus feitos e enaltecer a luta deles, permitindo que as informações e sua visão rodem pela rede mais rapidamente", diz Onnig. 

Outra questão é o envolvimento da comunidade internacional na guerra. Americanos, britânicos e franceses estão entre as vítimas do conflito. "Uma das questões mais delicadas é o conflito transbordar as fronteiras, o que eu acredito que vai acontecer nos próximos dias”, afirma Reis. 

Ataque por terra

O Hamas ainda divulgou nas redes sociais um vídeo com a intenção de promover as ações do grupo. No registro, é possível ver homens da organização terrorista fardados, preparando-se para o combate e disparando armamentos — cenas que poderiam fazer parte da propaganda do Exército de qualquer país. 

As diversas imagens de homens atirando em terra, porém, podem se tornar realidade. Há a possibilidade, nos próximos dias, de Israel iniciar uma incursão terrestre pela Faixa de Gaza. Com isso, o internacionalista acredita que, em termos de acordos, "é muito cedo para falar em um possível cessar-fogo ou um diálogo nos próximos dias ou semanas".

*Sob a supervisão de Pedro Marques

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