Guerras, decapitação e exílio: o legado sombrio dos reis Charles 1º e Charles 2º da Inglaterra
Após a morte da rainha Elizabeth 2ª, o filho mais velho da monarca decidiu adotar o título de Charles 3º, nome considerado 'azarado' em alguns círculos reais
Internacional|Do R7
Após a morte da rainha Elizabeth 2ª, na última quinta-feira (8), seu filho mais velho, o então príncipe Charles, resolveu adotar o nome de Charles 3º. A decisão, entretanto, chocou alguns súditos, já que o nome é considerado “azarado” em alguns círculos reais.
Anos antes da morte da monarca, a imprensa britânica chegou a cogitar a possibilidade de o príncipe escolher ser chamado de George 7º, para homenagear seu avô, George 6º. A especulação, entretanto, não se concretizou.
Os homônimos de Charles ocuparam o trono em períodos muito conturbados da história do Reino Unido. O reinado de Charles 1º durou de 1625 a 1649 e contou com a Guerra Civil Inglesa, conflito marcado por divergências religiosas e pela oposição às políticas do monarca. Em 1649, Charles foi julgado e condenado por traição e se tornou o único monarca inglês a ser executado.
Após sua morte, seu filho Charles 2º passou mais de nove anos no exílio, enquanto a coroa britânica era governada pelo militar e líder político Oliver Cromwell. Em 1660, ele foi convidado a voltar a Londres e ocupou o trono de seu pai.
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O monarca enfrentou, em 1965, uma crise terrível causada pela peste bubônica. No ano seguinte, houve o Grande Incêndio, que levou à reconstrução da cidade de Londres. Além disso, entre 1665 e 1667, a Inglaterra estava em guerra com os holandeses (a Segunda Guerra Anglo-Holandesa), que terminou com a vitória dos inimigos. Charles 2º reinou de 1660 a 1685, ano em que morreu.