Um grupo de hackers da Coreia do Norte embolsou mais de US$ 360 mil (equivalentes a R$ 1,77 milhão, na cotação atual) com ataques a empresas sul-coreanas, informou a Agência de Polícia Metropolitana de Seul, que fez a investigação juntamente com o FBI, a polícia federal dos Estados Unidos.
Segundo as autoridades, os ataques foram conduzidos entre dezembro do ano passado e março deste ano pelo Andariel, um grupo controlado pelo principal órgão de inteligência da Coreia do Norte, o Reconnaissance General Bureau. Diversos relatórios de inteligência da Coreia do Sul e dos EUA mostraram nos últimos anos os ataques de hackers como forma de financiar o regime do ditador Kim Jong-un.
Os alvos foram empresas e organizações sul-coreanas — centros de pesquisa, universidades, empresas de defesa e instituições financeiras envolvidas com ciência e tecnologia de alto nível.
As invasões, por meio de ransomware — vírus que sequestra informações das redes de computadores e cobra um resgate em criptomoedas para que elas não sejam vazadas —, conseguiram capturar 1,2 terabyte de dados, que foram vazados.
Entre eles estão tecnologias-chave de defesa, informações sobre armas de defesa aérea baseada em laser, bem como dados pessoais de usuários de sites, detalha a agência de notícias estatal sul-coreana Yonhap.
A polícia sul-coreana descobriu que o equivalente a R$ 414 mil, oriundos dos crimes, foram transferidos para um banco chinês, usando a conta de uma estrangeira do sexo feminino. O dinheiro foi sacado em uma agência na fronteira da China com a Coreia do Norte.