Hackers ucranianos enviam R$ 125 mil em brinquedos eróticos para militar russo
Grupo intitulado como 'resistência cibernética' invadiu conta de homem e encomendou itens com o dinheiro da própria vítima
Internacional|Larissa Crippa*, do R7
Um grupo de hackers ativistas, conhecidos como 'Kiber Sprotyv' (Resistência Cibernética), entrou nas contas de um militar voluntário das tropas russas no começo deste mês e encomendou US$ 25 mil, aproximadamente R$ 125 mil, em brinquedos eróticos, utilizando o dinheiro e o login do próprio homem.
Essa verba seria destinada para a compra de drones, já que Mikhail Luchin, alvo da invasão digital, é um financiador frequente do conflito. Além de ter se voluntariado para as forças, Luchin também é blogueiro, e expressa seus ideais em suas redes, atraindo atenção de militantes ucranianos.
"Ele é um criminoso de guerra, voluntário, blogueiro e agora proprietário de brinquedos eróticos", disseram os hackers em um comunicado postado no Telegram, "Agora, em vez de drones, ele poderá enviar caminhões cheios de coisas muito mais úteis para o povo russo", debocharam.
A postagem, feita em 3 de abril, também continha provas do ato, como capturas de tela da conta de Luchin no AliExpress (loja online chinesa) e os pedidos. Dias depois, o militar publicou que realmente tinha sido hackeado e que conseguiu recuperar grande parte do dinheiro, mas aproximadamente US$ 250, cerca de R$ 1.250, em produtos eróticos foram entregues em sua residência.
Na publicação, Luchin expressou sua revolta e lamentou não possuir "mísseis Kalibr" para atingir os hackers. O Kiber Sprotyv ainda rebateu essas alegações, afirmando que o homem estava mentindo sobre ter conseguido o dinheiro de volta.
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Em resposta final, Luchin apenas disse que abriria uma loja de produtos eróticos na Rússia e que agora estava motivado a comprar ainda mais drones do que antes. O grupo hacker continua observando o alvo de perto, postando novas informações sigilosas e polêmicas de Luchin em seu canal do telegram sempre que possível.