Harry e Meghan não são mais membros da monarquia 

O príncipe Harry e sua esposa, Meghan, deixaram de representar a monarquia britânica nesta terça-feira (31), e estão comprometidos em "contribuir" na batalha contra a pandemia de coronavírus que tem afetado todo o mundo.

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Os duques de Sussex anunciaram em janeiro deste ano sua intenção de dar um passo atrás em seus deveres como membros da realeza, uma notícia que, gerou uma avalanche de manchetes e sentimentos mistos entre os cidadãos e a própria família real. Fato que, atualmente, passa praticamente despercebido frente a gravidade da crise da covid-19.

A despedida definitiva como membros da realeza chega em um momento delicado, com os governos focados em dar uma resposta eficiente à pandemia do coronavírus. E no Reino Unido, ainda há outra questão relevante: o Brexit - saída do país da União Europeia. O "Megxit" - termo usado pela mídia para designar a saída dos duques da Casa Real - estão em segundo plano.

Em referência à situação que o mundo está passando, os duques se despediram da monarquia ontem (30), deixando uma mensagem em sua conta do Instagram, que permanecerá inativa junto com seu site.

"Como todos podemos sentir, o mundo agora parece extraordinariamente frágil", dizem eles.

Na mensagem, eles demonstram sua confiança de que cada ser humano tem "o potencial e a oportunidade" de contribuir para aliviar a crise e destacam que "juntos podemos nos elevar".

O casal enfatiza que "a coisa mais importante agora é a saúde e o bem-estar de todas as pessoas ao redor do mundo e encontrar soluções para os muitos problemas que surgiram como resultado dessa pandemia".

"Embora todos encontremos maneiras pelas quais podemos desempenhar um papel nessa reviravolta global e nessa mudança de hábitos, nós nos concentramos neste novo capítulo para entender como podemos contribuir", concluem.

Pouca relevância

A autora e especialista em Casa Real, Penny Junor, observa em declarações à mídia, que essa saída oficial do casal está um pouco obscurecida pela magnitude da crise.

A situação significa que os duques podem se tornar "bastante irrelevantes" na estrutura global, já que são a rainha e outros membros da monarquia que estão na vanguarda dos esforços nacionais para conter a doença neste momento.

"Algumas palavras da rainha e do príncipe William, ou até mesmo ver seus filhos - os príncipes George e Louis, e a princesa Charlotte - aplaudindo os trabalhadores do NHS (Sistema Nacional de Saúde) - são um impulso moral e tem relevância. Entretanto, a família real e os membros que agora estão no limbo são bastante irrelevantes", disse a especialista.

Mudanças

O casal, que tem um filho, o pequeno Archie, e tem ambição de se tornar financeiramente independente, recentemente deixou o Canadá para se mudar para os Estados Unidos e começar um novo capítulo em suas vidas.

As mudanças na vida do casal, não param por aí. Eles foram informados de que não poderiam mais usar o nome "royal" (real) sua marca "Sussex Royal", tendo em vista que não são mais menbros da monarquia.

Aparentemente, o surto do vírus também levou Harry e Meghan a adiar o anúncio do que ocorrerá com o nome da marca. Ambos concordaram com a mudança, apesar de terem previamente especificado em seu site que a monarquia não tinha jurisdição sobre o uso da palavra "real" no exterior.

"O duque e a duquesa de Sussex preferem que o foco, nos próximos tempos, continue sendo o combate à covid-19", disse uma porta-voz do casal.

Harry e Meghan "passarão os próximos meses focados em suas famílias e continuarão a fazer o que puderem, com segurança e privacidade, para apoiar e continuar com seus compromissos de caridade preexistentes, enquanto desenvolvem sua própria organização sem fins lucrativos", acrescentou a porta-voz.

Antes do início da pandemia, Harry e Meghan tinham planos para lançar sua nova fundação. O projeto, por enquanto, está suspenso.

Segurança

Recentemente, o casal revelou publicamente que tive que organizar sua segurança depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, esclareceu que seu país - onde foram morar - não cuidaria de sua proteção.

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Em seu Twitter, Trump indicou que "agora que deixaram o Canadá para os Estados Unidos, o país não pagará por sua proteção. Eles devem pagar".