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Idosa confrontou líder do grupo terrorista Hamas no cativeiro: 'Você não tem vergonha?'

Yocheved Lifshitz, de 85 anos, disse que o grupo com que ela estava foi visitado algumas vezes por Yahya Sinwar

Internacional|Do R7

Yocheved segura cartaz com a foto do marido, Oded, que ainda é mantido refém
Yocheved segura cartaz com a foto do marido, Oded, que ainda é mantido refém

Uma das primeiras reféns israelenses libertadas do cativeiro na Faixa de Gaza, Yocheved Lifshitz, de 85 anos, recebeu visitas do líder da organização terrorista Hamas no território palestino, Yahya Sinwar, ainda em outubro.

"Ele esteve conosco três ou quatro dias depois de chegarmos. Perguntei-lhe como ele não tinha vergonha de fazer uma coisa dessas com pessoas que apoiaram a paz todos esses anos", revelou a idosa em entrevista ao jornal israelense Davar durante uma manifestação em Tel Aviv, nesta terça-feira (28).

Sinwar, que fala hebraico fluentemente, ouviu-a e ficou calado, contou a israelense.

Yocheved, uma fotógrafa e professora, foi capturada com o marido, Oded Lifshitz, de 83 anos, pelos terroristas que invadiram o kibutz Nir Oz, onde eles viviam, em 7 de outubro. Ela foi libertada 16 dias depois, juntamente com Nurit Cooper, de 79 anos. Oded continua refém em Gaza.

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O casal Lifshitz é ativista de direitos humanos e ajudava pacientes com câncer em Gaza a conseguir tratamento médico em hospitais israelenses.

"Quando fui capturada, vi Oded desmaiar e cair no chão. Ele foi ferido por estilhaços ou disparos. [...] Eu não sabia se ele estava vivo. [...] Alguém que saiu do cativeiro recentemente nos disse que ele está vivo. Ele também precisa voltar", disse ela no protesto, que reuniu familiares de pessoas sequestradas pelos terroristas.

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Logo ao retornar para Israel, ela concedeu uma entrevista em que contou ter vivido "um inferno" no momento do sequestro. Foi colocada em uma motocicleta e teve que andar em uma rede de túneis que descreveu como "uma teia de aranha", além de ter apanhado com pedaços de madeira no trajeto.

Ao chegar ao cativeiro, as coisas mudaram. Ela disse que havia um médico à disposição e uma grande preocupação com a higiene. "Tínhamos banheiros, que eles limpavam todos os dias", revelou.

Ainda assim, a comida era escassa. Yocheved lembrou que se alimentou basicamente de pães, queijo branco e pepino nas semanas em que esteve em Gaza.

Os atentados terroristas organizados pelo Hamas a Israel resultaram em 1.200 assassinatos e 240 cidadãos israelenses sequestrados.

O governo afirma que 86 pessoas (66 israelenses e 20 estrangeiros) haviam retornado até esta quarta-feira (29), mas que ainda há 161 pessoas em poder dos extremistas. 

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