Maria Fraterrigo, de 81 anos, foi impedida de embarcar com seu papagaio-cinzento-africano em um voo da Frontier Airlines no sábado (5), em San Juan, Porto Rico. O animal, chamado Plucky, havia acompanhado a idosa na viagem de ida para a ilha em janeiro. No momento do retorno a Nova York, no entanto, foi barrado por um agente da companhia aérea.Segundo a passageira, o funcionário da empresa informou que o animal estava em uma lista de proibição e que ela não poderia embarcar com o pet. Plucky é registrado por Maria como animal de apoio emocional. A ave, de 24 anos, pesa menos de 300 gramas e mede cerca de 20 centímetros. Durante a tentativa de embarque, a idosa se recusou a se desfazer do animal e ficou sem alternativas de viagem.Fraterrigo permaneceu quatro dias em Porto Rico até que a companhia aérea emitisse uma nova passagem, com embarque previsto para quarta-feira (9).O caso ganhou repercussão na imprensa local e chegou ao Congresso dos Estados Unidos. O senador Chuck Schumer, de Nova York, fez esforços junto à companhia aérea para que a idosa pudesse embarcar. A Frontier Airlines afirmou em nota que está apurando como a passageira conseguiu embarcar com a ave no voo de ida, em janeiro. A empresa disse que papagaios não são reconhecidos como animais de apoio emocional em sua política interna, nem na de outras companhias aéreas americanas. A empresa reconheceu, no entanto, que houve inconsistências na aplicação das regras e que isso causou transtornos à passageira.O filho da idosa, Robert Fraterrigo, ex-agente federal, disse que, em dezembro, entrou em contato com o atendimento online da Frontier. Na conversa, mencionou que sua mãe possuía uma carta médica para embarcar com Plucky. Segundo ele, o atendente respondeu que a carta seria suficiente para permitir o transporte do animal.A companhia aérea chegou a reembolsar a passagem da ida, no valor de US$ 190 (cerca de mil reais), e ofereceu um voucher de US$ 250 (R$ 1,4 mil). No entanto, segundo o filho, a mãe ficou sozinha no aeroporto, em uma cadeira de rodas, quando foi impedida de embarcar.A nova passagem foi emitida após a empresa solicitar um certificado veterinário e documentos que comprovassem que o animal havia sido adquirido nos Estados Unidos. A loja responsável pelo registro conseguiu localizar os papéis. Maria Fraterrigo embarcou no assento 3A.Desde a morte do marido em 2019, Plucky tem sido o único acompanhante da idosa, segundo relato dela e de seu filho. Richard Fraterrigo, ex-policial de Nova York e agente judicial federal aposentado, morreu em decorrência de um câncer desenvolvido após trabalhar em operações de incêndio no sul de Manhattan, após os atentados de 11 de setembro de 2001.A Frontier afirma que a companhia permite o transporte de aves domésticas pequenas, mas cita explicitamente papagaios, araras, cacatuas e aves de rapina entre os animais proibidos.Plucky viaja em uma mochila própria para transporte de aves e permanece sob o assento à frente da dona. Em voos, segundo Maria, o animal fica em silêncio por estar nervoso.Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp