Irã afirma que ataques a bases dos EUA são uma resposta à ajuda americana a Israel

Porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Naser Kanani ressaltou que apoiar uma 'tensão desencadeia uma reação'

30/10/2023 - 13h04 (Atualizado em 20/04/2024 - 04h24)

O Ministério das Relações Exteriores do Irã afirmou, nesta segunda-feira (30), que os ataques dos últimos dias a bases dos Estados Unidos no Iraque e na Síria são uma "reação" à ajuda prestada por Washington a Israel na guerra contra os terroristas do Hamas.

"Você colhe o que planta. Apoiar e provocar tensão desencadeia uma reação", afirmou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Naser Kanani, em uma coletiva de imprensa.

Os ataques "fazem parte das reações [...] dos que se opõem à presença ilegal dos Estados Unidos na região e que protestam contra o apoio incondicional dos americanos ao regime sionista", acrescentou.

Desde o início do mês, as forças dos EUA e seus aliados já foram alvo de pelo menos 16 ataques na Síria e no Iraque, disse o Pentágono na quinta-feira (26). Washington afirmou que Teerã estava envolvido nos ataques e ameaçou responder de "forma decisiva".

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Os Estados Unidos contam com 900 soldados na Síria e cerca de 2.500 no Iraque, atualmente em combate contra o grupo Estado Islâmico, e realizam frequentemente operações contra jihadistas.

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O chefe do Estado-Maior iraniano, o general Mohammad Bagheri, afirmou nesta segunda-feira que "os combatentes palestinos" do Hamas estavam "dispostos a enfrentar um ataque terrestre de Israel" à Faixa de Gaza.

Em Teerã, aproximadamente 200 pessoas reuniram-se na manhã desta segunda na principal sinagoga, após um apelo dos líderes judeus do país para pedir um cessar-fogo e "condenar o massacre de crianças, mulheres e pessoas indefesas".

Israel divulga novas fotos do Exército dentro de Gaza

A incursão por terra do Exército israelense na Faixa de Gaza continua nesta segunda-feira (30), enquanto os militares se aproximam de áreas mais urbanizadas no entorno da cidade de Gaza. As FDI (Forças de Defesa de Israel) divulgaram novas fotos das ações. Veja a seguir

Após dar
início à segunda fase da guerra contra os terroristas do Hamas, o
Exército de Israel manteve a ofensiva na Faixa de Gaza. Com as
fronteiras ainda fechadas, grupos
de estrangeiros são liberados diariamente da região. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, rejeita qualquer "trégua temporária sem a libertação dos reféns" sequestrados

Nas últimas horas, porém, houve avanço em direção aos subúrbios da cidade de Gaza

Diversos confrontos com terroristas em solo foram registrados nas últimas horas

Mais cedo, o Exército afirmou ter matado quatro terroristas do Hamas

Os militares israelenses também estão atuando na fronteira sul de Gaza, próximo à cidade de Khan Younis, e no campo de refugiados de Jabalia, no norte

As FDI afirmam ter destruído dezenas de células terroristas durante o fim de semana e nesta segunda-feira

Os tanques israelenses continuam avançando em direção a áreas mais povoadas de Gaza

“Durante a noite, as tropas eliminaram dezenas de terroristas que se barricaram nos edifícios e tentaram atacar as forças que se moviam na sua direção”, disse o porta-voz das FDI, contra-almirante Daniel Hagari

Os quatro líderes do Hamas mortos nas últimas horas são: Jamil Baba, comandante das forças navais do Hamas na sua Brigada Central; Muhammad Safadi, comandante da unidade de mísseis antitanque no Batalhão Tuffah; Muwaman Hijazi, um destacado integrante da unidade de mísseis antitanque do Hamas; e Muhammad Awdallah, um agente sênior do departamento de produção do Hamas

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