Irã diz que não pretendia causar mortes com mísseis, mas há vítimas
Comandante de divisão responsável pelo bombardeio à base dos EUA diz que ataque não deveria atingir pessoas, mas que houve mortos ou feridos
Internacional|Da EFE

O comandante da divisão aérea da Guarda Revolucionária do Irã, o general Amir Ali Hajizadeh, afirmou nesta quinta-feira (9) que o país não pretendia causar mortes com o ataque a uma base no Iraque onde estão tropas dos Estados Unidos, mas garantiu que houve vítimas.
"Nós não buscávamos matar ninguém na operação, mas certamente muitos morreram, dezenas morreram ou ficaram feridas", disse em entrevista coletiva.
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A declaração de Hajizadeh contrasta com o que foi dito no dia anterior pelo presidente dos EUA, Donald Trump, segundo o qual não houve mortes, nem de americanos nem de iraquianos.
Até 500 alvos
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Hajizadeh afirmou também que a operação poderia ter sido elaborada para matar 500 pessoas, mas que foram lançados apenas 13 mísseis, embora centenas já estejam prontos. Segundo o general, a intenção era "atingir a máquina militar do inimigo".
Imagens de satélite, capturadas pela empresa americana Planet e divulgadas na quarta-feira, mostram danos significativos em edifícios da base aérea que poderiam ser hangares e locais onde equipamentos eram armazenados.
No entanto, Trump comentou que os danos materiais foram "mínimos". Esse ataque foi uma resposta do Irã ao assassinato do general Qasem Soleiman em Bagdá na última sexta-feira.














